sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Processos Neurológicos
Um dos distúrbios que a dopamina pode causar é o déficit de atenção. Vejam esse vídeo sobre déficit de atenção, é muito interessante e esclarecedor.
A responsabilidade social do ensino privado
Em 24 de setembro, comemorou-se o Dia Nacional da Responsabilidade Social do Ensino Superior Privado. Data importante, pois nos faz lembrar da necessidade de realização de ações de interesse coletivo em diversas áreas relevantes, como é o caso da educação, visando à promoção do bem-estar social. Nesse sentido, temos todos a obrigação de atuar de forma responsável e consciente perante a comunidade que nos cerca. Nesse contexto, o terceiro setor (ONGs) se destaca. Para fomentá-lo, foram criadas leis para conceder títulos às entidades do setor, conferindo-lhes certas prerrogativas. Podemos destacar, entre outros, o título de utilidade pública e o de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).
Para o exercício das ações de responsabilidade social, o uso desses títulos pode ser de grande importância. Uma entidade titulada como de utilidade pública ou como Oscip na esfera federal, por exemplo, poderá receber doações de pessoas jurídicas tributadas no regime de lucro real. Estas, por sua vez, podem receber um incentivo fiscal em função dessas doações. O Estado e o empresariado também precisam atuar efetivamente nesse campo. O Dia Nacional da Responsabilidade Social do Ensino Superior Privado é uma data importante. Porém, o exercício de tal responsabilidade é uma obrigação de todo dia, devendo Estado, empresariado e sociedade civil incorporarem essa ideia como um trabalho que deve ser executado de forma conjunta e permanente.
RENATO DOLABELLA
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Para o exercício das ações de responsabilidade social, o uso desses títulos pode ser de grande importância. Uma entidade titulada como de utilidade pública ou como Oscip na esfera federal, por exemplo, poderá receber doações de pessoas jurídicas tributadas no regime de lucro real. Estas, por sua vez, podem receber um incentivo fiscal em função dessas doações. O Estado e o empresariado também precisam atuar efetivamente nesse campo. O Dia Nacional da Responsabilidade Social do Ensino Superior Privado é uma data importante. Porém, o exercício de tal responsabilidade é uma obrigação de todo dia, devendo Estado, empresariado e sociedade civil incorporarem essa ideia como um trabalho que deve ser executado de forma conjunta e permanente.
RENATO DOLABELLA
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
CURSO DE EXTENSÃO- Ensino Médio: Desafios da Ação Docente no Cotidiano Escolar
Período: 18/10 a 22/11
Horário: 8hs às 12hs (Sábados) e 19hs às 22hs15min (Terças)
Módulo I- Reflexões sobre o cotidiano escolar: Quem é o aluno do Ensino Médio?
Módulo II- Ensino Médio Inovador: Currículo e novas tecnologias
Módulo III - Educação do Jovem e mundo do trabalho
Módulo IV - Ensino Médio e ensino por projetos
Módulo V- Temas Transversais no Ensino Médio
Maiores informações vocês encontram no site www.saojudastadeu.com.br
Período: 18/10 a 22/11
Horário: 8hs às 12hs (Sábados) e 19hs às 22hs15min (Terças)
Módulo I- Reflexões sobre o cotidiano escolar: Quem é o aluno do Ensino Médio?
Módulo II- Ensino Médio Inovador: Currículo e novas tecnologias
Módulo III - Educação do Jovem e mundo do trabalho
Módulo IV - Ensino Médio e ensino por projetos
Módulo V- Temas Transversais no Ensino Médio
Maiores informações vocês encontram no site www.saojudastadeu.com.br
Livro: Projetos Pedagógicos Cenas de Sala de Aula,Maria Isabel Dalla Zem.ed Mediação,PoA 2001
Na data de hoje 29/09,iniciamos as apresentações dos capítulos do livro Projetos Pedagógicos Cenas de Sala de Aula na disciplina de Planejamento Educacional.
Da oralidade à escrita: Um caminho para a aprendizagem da ortografia (Cap.4)
.
Magda Suzana da Cunha Castro – Experiência de vida: Sua 1ª série foi frustrante, pois os professores tinham sempre razão “é assim e pronto”, quando faziam alguma pergunta, os alunos deveriam aceitar a resposta da professora. Provas, testes, questões a ser decoradas, para ganhar notas boas, e não reprovar, achou a língua portuguesa muito difícil e teve dificuldade na escrita principalmente em escrever textos. Nos dias de hoje as crianças levantam hipóteses, cometem erros, tem enganos, sem ficar frustradas, pois podem também expor suas idéias e são mais respeitadas.
A professora Magda tem algumas perguntas, mais deixa claro que não pretende ter respostas conclusivas, mas sim entender o processo das crianças em relação a língua escrita e seu processo, por isso fez uma pesquisa que aconteceu no 2º semestre de 2000, com uma turma de 2ª série em uma escola particular; três aspectos de linguagem nortearam sua pratica que são: leitura, produção de texto e a gramática. O tema surgiu a partir do grande interesse que as crianças apresentavam da produção textual e da escrita.
Projeto:
Tema: Porque existe tanto interesse das crianças sobre a realização da produção textual e da escrita nas séries iniciais?
Objetivo Geral:
Entender o interesse que as crianças têm perante a produção textual e da escrita.
Objetivos Específicos:
*Saber como se da à aprendizagem da ortografia em crianças de series iniciais;
*Identificar em que aspecto o trabalho com ortografia interferiu na produção textual de crianças na fase inicial da escrita;
*Mostrar que é possível ensinar ortografia para crianças de 2ª série.
Programa de aprendizagem:
• Leitura;
• Produção de texto;
• Gramática.
Estratégias de Ensino: A professora dividirá os alunos em grupos e dará atividades começando com exercícios orais para que percebam as diferenças sonoras entre os pares da palavra, fazendo-se comparação com sua forma escrita, para realizar a professora buscará usar palavras do cotidiano, encontradas na escrita, como perguntas, envolvendo questões ortográficas, tendo textos também como suporte. No decorrer das atividades a professora procurará auxiliar os alunos a memorizarem as palavras que mais usam, através de exercícios como lista de palavra com determinado som de S, comparação de palavras, retirando ou acrescentando L.H, sempre em mural, lista de palavras da mesma família, entre outros, conforme as atividades vão sendo feitas a professora passará a questionar seus alunos, semeando dúvidas, com finalidade que os mesmos argumentem e reflitam sobre suas descobertas, e que se possível expliquem para o grande grupo, na medida em que as palavras sejam lidas oralmente a professora escreverá no quadro, para analise e reflexão.
Também será elaborado um ditado interativo, através do texto “A cigarra e a formiga”, que será trabalhado os aspectos de linguagem e o significado das palavras, na medida que vai se ditando as palavras os alunos serão interrompidos e a professora perguntará se tem alguma palavra difícil de escrever e o por quê.
Recursos Utilizados: Uso de mural, quadro, dicionário, caderno, folhinhas.
Avaliação da aprendizagem: Elaboração de um livro, onde as crianças registraram livremente suas descobertas e reflexões.
Tempo previsto: 6 MESES
Referências:
*ALVARENGA, Daniel. Análise de variações ortográficas, Minas Gerais, 1995, ano 1, nº2.março/abril.
*DALLA ZEN, Maria Izabel H. e XAVIER, Maria Luiza M (Orgs.).Ensino da língua materna: para além da tradição. Porto Alegre: Mediação, 1998.(Cadernos de Educação Básica, volume 3).
* DALLA ZEN, Maria Izabel H. História de leitura na vida e na escola: uma abordagem linguística, pedagógica e social. Porto Alegre: Editora Mediação, 1997.
*DALLA ZEN, Maria Izabel H. Sugestões de estratégias para o trabalho com língua materna nas séries iniciais. 1991.
*LEMLE, Miriam. Guia teórico alfabetizador. Editora Ática, 1998.
*MORAIS, Artur G.(Org.) O aprendizado da ortografia. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
*TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1996.
*Ortografia: Ensinar e aprender. São Paulo: Editora Ática, 2000.
Conclusão:
As finalidades do projeto, foram bem sucedidas, todo o planejamento de sua aula deu certo, pois conseguiu atingir seus objetivos, com questionamentos e reflexões feitas pelos alunos, e os mesmos auxiliaram uns aos outros, teve momentos de perguntas e dúvidas, e também de escuta da professora, pois essa era a grande idéia, ouvir, e ajudar as mesmas com suas dúvidas; intervenções foram feitas sim, para que os alunos pudessem analisar e discutir com seu grupo, e quando iam sendo colocadas no quadro as palavras, eles mesmos iam dizendo onde iriam as letras. A professora percebeu que no ditado interativo, as palavras mais difíceis foram a que os alunos raramente tem contato com sua escrita, ou com sua vida. Acrescenta ainda que o uso do dicionário passou a fazer parte de seus cotidianos de maneira prazerosa, e por final elaborou um livro onde as crianças registravam livremente, suas descobertas e reflexões.
Na opinião de Magda, tem que ter muita cautela ao observar acertos e erros, pois esses são indícios do que temos que trabalhar com as crianças e de como estão elas se apropriando da linguagem escrita.
A pesquisa foi feita com base qualitativa interpretativa, através da investigação-ação.
Segundo os estudiosos do desenvolvimento e da aprendizagem, a entrada na escola é um momento de muitas expectativas nas crianças e em sua família.
Integrantes: Lilian,Fernanda Cardoso,Yulli e Verônica
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Criança e Consumo
http://www.consumismoeinfancia.com/
Este é o endereço de um Blog muito importante.
O recado fica para todos e em especial para o Grupo de Estudos (GEMCE)
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terça-feira, 27 de setembro de 2011
Livro Documentos de Identidade; Uma introdução às teorias do currículo /Tomaz Tadeu da Silva - ed.3. Belo Horizonte:Autêntica,2002
Júlia Silva De Moura
Onde a Critica Começa:
Onde a Critica Começa:
ideologia,reprodução,resistência
- Como sabemos, a década de 60 foi uma década de grandes agitações transformações. Os movimentos de independências das antigas colonias européias, os protestos estudantis na França e em vários outros países;as lutas contra a ditadura militar no Brasil os protesto contra a guerra do Vietnã; o movimento feminista, a liberação sexual. São apenas alguns dos importantes movimentos sociais.
- As teorias críticas do currículo efetuam uma completa inversão nos fundamentos das teorias tradicionais. As teorias tradicionais se concentravam, pois nas formas de organização e elaboração de currículo.
- Os modelos tradicionais de currículo restringiam-se á atividade técnica de como fazer o currículo. As teorias críticas sobre o currículo, em contraste, começam por colocar em questão precisamente os pressupostos dos presentes arranjos sociais e educacionais.
- As teorias tradicionais eram teorias de aceitação,ajuste e adaptação. As teorias criticas são teorias de desconfiança,questionamento e transformação radical.
- Para as teorias criticas o importante não é desenvolver técnicas de como fazer o currículo, mas desenvolver conceitos que nos permitam compreender o que o currículo faz.
- A ideologia é constituída por aquelas crenças que nos levam a aceitar as estruturas sociais (capitalistas) existente como boas e desejáveis.
- Essa definição é substancialmente modificada na segunda parte do ensaio, na qual o conceito de ideologia se torna bastante mais complexo.
- A escola constituí-se num aparelho ideológico central porque atinge praticamente toda a população por um período prolongado de tempo. A ideologia atua de forma discriminatória: ela inclina as pessoas das classes subordinadas á submissão e á obediência, enquanto as pessoas das classes dominantes aprendem a comandar e controlar.
- Como a escola transmite a ideologia? A escola atua ideologicamente através de seu currículo, seja uma forma mais direta, através das matérias mais suscetíveis ao transporte de crenças explicitas sobre a desejabilidade das estruturas sociais existente.
Alunas: Fernada Souza, Júlia, Lilian e Sandra
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Livro Política Educacional:OS ARAUTOS DA REFORMA E A CONSOLIDAÇÃO DO CONSENSO :ANOS 1990.Shiroma ,Moraes, e Evangelista/3ªed RJ editora DP&A
No dia 26/09 iniciamos a apresentação do livro POLÍTICA EDUCACIONAL,na disciplina de Políticas Educacionais I
Capítulo II
Os arautos da reforma e a consolidação do consenso: anos de 1990
Os anos de 1990 foram marcados por grandes mudanças na área política, social, educativa e ideológica, passando por governos mal sucedidos e impedidos, governos de esperanças e portadores de inovações, pontuados por fatos marcantes, sendo, na área da educação, o mais significativo de todos: o anúncio, através dos arautos, da Reforma da Educação.
Aconteceu em 1990 em Jomtien (Tailândia), financiada pela UNESCO, UNICEF, PNUD E BM. Onde todos os países que participaram se comprometem a assegurar, através de políticas educacionais sérias, uma educação básica de qualidade à crianças, jovens e adultos, principalmente nos países do E-9( que tem os mais altos índices de analfabetismo do mundo).
Cidadania, competitividade e equidade: Lemas da CEPAL nos anos de 1990
1992: CEPAL junto com UNESCO publicaram outro documento (Educación y Conocimiento:Eje de la tranformatión productiva con Equidad),para que pudesse favorecer as vinculações sistêmicas entre educação,conhecimento e desenvolvimento nos países da América Latina e Caribe.
A UNESCO delineia a educação para o século XXI
O ensino superior é visto como o motor do desenvolvimento econômico e assim devem ser instituídas novas modalidades de ensino superior, onde os professores devem ser treinados para reforçar o conjunto de idéias e ao mesmo tempo exercerem outra atividade, além de ser professor.
Cabe, a educação responsabilizar-se pelo desenvolvimento humano sustentável. Esse cuidado com os valores e preocupações fundamentais já existe no seio da comunidade internacional e das nações unidas.
V Reunião do Comitê Regional Intergovernamental do Projeto Principal de Educação para a América Latina e Caribe
O PROMEDLAC V foi fundado através de uma conferência na qual ministros da educação se reuniram para discutir a educação da América Latina e Caribe. A educação elegeu três objetivos principais:
a) Superação e prevenção do analfabetismo;
b) Universalização da educação básica;
c) Melhoria da educação expressa em dois eixos de ação.
Um banco define as prioridades e estratégias para a educação
*O Banco define as prioridades e estratégias para a educação.
*Objetivo: é eliminar o analfabetismo até o final do século.
*Foco: na educação básica
*Prioridades: formar trabalhadores adaptáveis, capazes de adquirir novos conhecimentos sem dificuldades, atendendo a demanda da economia.
*Papel decisivo: no crescimento econômico e na redução da pobreza.
*4 desafios: qualidade do ensino secundário, eficiência do gasto público, qualidade dos professores e educação infantil.
A interlocução nacional
Em 1995, um encontro com representantes de vários Ministérios e membros da sociedade civil, a partir do documento base. Questões Críticas da educação brasileira a idéia era adequar os objetivos da educação com as novas exigências do mercado internacional e interno.
Arautos da reforma entre os educadores
São muitos os temas englobados na reforma educacional que se pretendia em 1990. A preocupação com a formação dos professores foi algo bastante debatido na época.
Na esteira da difusão do consenso sobre a necessidade da reforma da educação o MEC inicia uma série de medidas, como a publicação de textos básicos destinados aos educadores contemplando o tema, assim como seminários debatendo a formação dos educadores.
Podemos concluir este capítulo colocando que a educação continua sendo assunto de Estado no Brasil. Esta constatação convida a tomar distancia dos planos e propostas e conduz a analise das medidas que foram implementadas, consolidando a reforma.
Ana Lúcia, Bianca, Caroline, Fernanda Cardoso, Giuliana, Jociellen, Lilian, Luciane, Sandra, Viviane e Yulli.
sábado, 24 de setembro de 2011
Livro Documentos de Identidade; Uma introdução às teorias do currículo /Tomaz Tadeu da Silva - ed.3. Belo Horizonte:Autêntica,2002
Teoria: é uma representação, uma imagem, um reflexo, que espelha a realidade.
Currículo: é um objeto que precede a teoria, para descobri-lo, descrevê-lo e explicá-lo.
A leitura não foi fácil, mais tivemos a ajuda da profª. Maria Inês, para esclarecer nossas dúvidas.
Resumo:
Resumo:
Grupo de especialistas:
Existiu a formação de um grupo de especialistas sobre o currículo que eram David Hamilton, Bobbitt, Frederick Taylor, Dewey, e Ralph Tyler e a tarefa deste grupo era de fazer um levantamento das habilidades, pesquisar e mapear essas habilidades necessárias para diversas ocupações. Para Bobbitt a educação é um processo de modelagem, Dewey foi o primeiro a falar em projeto.
Teorias Tradicionais e Teorias Críticas:
As teorias tradicionais eram teorias de aceitação, ajuste e adaptação já as teorias críticas eram teorias de desconfiança, questionamento e transformação radical.
IDEOLOGIA: é constituída por aquelas crenças que nos levam a aceitar as estruturas sociais(capitalistas), existentes como boas e desejáveis. TEM QUE TER EFEITO. A escola constitui-se num aparelho ideológico central.
Crianças dominantes e Crianças dominadas:
Para Bourdieu e Passeron a escola atua como mecanismo de exclusão, eles propõem que as crianças de classe dominada, tenham a mesma educação e as mesmas oportunidades que as crianças da classe dominante.
* Crianças dominantes = crianças de classe média alta, onde tem oportunidades de ensino melhor.
* Crianças dominadas = crianças de classe baixa, sem perspectiva e sem oportunidades na vida e no ensino.
Movimento de reconceptualização:
O movimento de reconceptualização exprimiu uma insatisfação crescente de pessoas do campo do currículo com os parâmetros tecnocrátricos estabelecidos pelos modelos de Bobbitt e Tyler.
Do ponto de vista da fenomenologia, as categorias de aprendizagem, objetivos, medição e avaliação nada tinham a ver com os significados do “mundo da vida” através dos quais as pessoas constroem e percebem sua experiência;
Na teorização sobre currículo, a análise fenomenológica tem sido combinada com outras duas estratégias de investigação: a hermenêutica e a autobiografia.
Difícil pensar na autobiografia como uma abordagem única do processo curricular.
Fernanda Souza, Júlia, Lilian e Sandra
Fernanda Souza, Júlia, Lilian e Sandra
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Estudo defende aumento de 10 dias no ano letivo das escolas públicas
BRASÍLIA – O aumento de dez dias no ano letivo pode elevar o aprendizado do aluno em até 44% no período de um ano. É o que aponta estudo do secretário-executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Ricardo Paes de Barros. O trabalho levou o Ministério da Educação (MEC) a discutir a possibilidade de ampliar a carga horária mínima das redes de ensino, que hoje tem 800 horas distribuídas em 200 dias.
Segundo Paes de Barros, a medida é importante para combater a desigualdade e tem efeito especial entre os alunos de baixa renda que não podem pagar reforço escolar ou contar com a ajuda dos pais, com baixa escolaridade, para aprender todo o conteúdo. “Ter férias muito prolongadas pode não ser a melhor ideia para um país que precisa acelerar seu desempenho em educação na velocidade em que o Brasil precisa.”
A ideia de aumentar a permanência do aluno na escola foi apresentada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, na semana passada. Entretanto, o governo ainda não definiu como será feita a mudança – se por meio da ampliação da carga horária diária ou do número de dias letivos. O assunto está sendo discutido com os secretários estaduais e municipais de Educação.
De acordo com Paes de Barros, não há estudos que comprovem cientificamente que o aumento do número de horas diárias tenha eficácia no aprendizado. Em termos de custos, ele ressaltou que pode ser mais vantajoso aumentar o número de dias, já que não é necessário ampliar ou melhorar a infraestrutura das escolas já existentes. Ele citou exemplos de países como Japão, Coreia do Sul e Israel, que têm anos letivos de 243 dias, 220 dias e 216 dias, respectivamente.
Segundo Haddad, o governo trabalha com a ampliação máxima de 20 dias letivos no ano. Isso, acrescentou, não terá impacto na carreira do professor, que tem 30 dias de férias por ano, além de 15 dias de recesso. Mas não está descartada a possibilidade de, ao mesmo tempo, aumentar o número de horas por dia e de dias letivos por ano.
“A qualidade da educação não vai vir por inércia, ela exige esforço. Acho que está mais do que na hora de rever a questão do número de horas por ano que a criança fica exposta ao professor. O que esse estudo mostra é que o impacto do aumento dos dias por ano é forte” defendeu o ministro.
(Agência Brasil)
Segundo Paes de Barros, a medida é importante para combater a desigualdade e tem efeito especial entre os alunos de baixa renda que não podem pagar reforço escolar ou contar com a ajuda dos pais, com baixa escolaridade, para aprender todo o conteúdo. “Ter férias muito prolongadas pode não ser a melhor ideia para um país que precisa acelerar seu desempenho em educação na velocidade em que o Brasil precisa.”
A ideia de aumentar a permanência do aluno na escola foi apresentada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, na semana passada. Entretanto, o governo ainda não definiu como será feita a mudança – se por meio da ampliação da carga horária diária ou do número de dias letivos. O assunto está sendo discutido com os secretários estaduais e municipais de Educação.
De acordo com Paes de Barros, não há estudos que comprovem cientificamente que o aumento do número de horas diárias tenha eficácia no aprendizado. Em termos de custos, ele ressaltou que pode ser mais vantajoso aumentar o número de dias, já que não é necessário ampliar ou melhorar a infraestrutura das escolas já existentes. Ele citou exemplos de países como Japão, Coreia do Sul e Israel, que têm anos letivos de 243 dias, 220 dias e 216 dias, respectivamente.
Segundo Haddad, o governo trabalha com a ampliação máxima de 20 dias letivos no ano. Isso, acrescentou, não terá impacto na carreira do professor, que tem 30 dias de férias por ano, além de 15 dias de recesso. Mas não está descartada a possibilidade de, ao mesmo tempo, aumentar o número de horas por dia e de dias letivos por ano.
“A qualidade da educação não vai vir por inércia, ela exige esforço. Acho que está mais do que na hora de rever a questão do número de horas por ano que a criança fica exposta ao professor. O que esse estudo mostra é que o impacto do aumento dos dias por ano é forte” defendeu o ministro.
(Agência Brasil)
Cine Fórum
domingo, 18 de setembro de 2011
Professor pra quê? Uma nova e revolucionária perspectiva sobre a educação atual.
Pessoal! Recebi este texto e resolvi socializá-lo
O tema é interessante e atual.
Após a leitura, deixem seus comentários.
Boa leitura.
Recentemente estive em uma escola municipal conversando com um grupo de professores sobre educação. Muito se falou sobre a desvalorização do profissional, da necessidade de melhorar a auto-estima do professor, de melhor remuneração, entre outras diversas mesmas coisas que envolvem esse tema. Em um momento da conversa, um professor me fez a seguinte pergunta: “Marcelo, quando você acha que o professor deixou de ser valorizado ao longo da história?”. Essa pergunta me fez refletir por um bom tempo. Deixei para respondê-la ao final da palestra. Enquanto continuava a conversar com aquele grupo sobre escola, educação e pedagogia, aquela pergunta do professor me fez compreender melhor o meu próprio discurso. Ao final da palestra, senti-me pronto para dar a resposta: “Penso eu, que a função do professor deixou de ser valorizada quando ela deixou de ser necessária.” Aquelas poucas palavras concluíram a conversa daquele dia, mas iniciaram em mim uma profunda reflexão sobre seu significado.
Sou um filósofo, portanto contemplar meus pensamentos e encontrar uma forma de expressá-los com clareza é não só uma vontade, mas também uma missão. Procuro sempre escrever em poucas linhas pensamentos que poderiam ser conversados em muitas horas; procuro sintetizar em um único aforismo uma ideia que poderia ser descrita em um livro inteiro. A ideia de que o professor não é mais necessário não saiu de minhas meditações por uma semana. Até que, em um breve momento de clareza e inspiração, escrevi em um pedaço de papel os seguintes aforismos:
sobre o desvalor. pela lógica valorizamos aquilo que é útil [por facilitar a vida. por torná-la melhor. por potencializar]. pela mesma lógica desvalorizamos aquilo que não é útil [por dificultar a vida. por torná-la pior. por despontencializar]. a palavra inútil é forte demais para a sensibilidade interpretativa de algumas pessoas [mas ela só significa que algo não é mais útil]. possivelmente tudo que já foi útil se torna inútil quando deixa de cumprir seu papel primordial de potencializar a razão de sua utilidade. o inútil persistido é perigoso. o novo útil ignorado é ainda mais perigoso. nas duas situações existe perda de potencial [de tempo e de vida]. tudo que passamos a desvalorizar é tudo que deixou de ser útil. desvalorizamos aos poucos o inútil para dar espaço ao útil. o perigo reside em insistir em valorizar o inútil ignorando sua desnecessidade. sobre aquilo que é desvalor é necessário descartá-lo. o inútil [que um dia foi leve e agora é pesado] ocupa espaço demais. o útil [que é o novo leve] precisa de muito espaço para surgir.
sobre o desvalor do professor. desempenhamos papéis e funções ao ponto de confundirmos nosso senso de identidade com a função que desempenhamos. desvalorizada está a função do professor. aquele que professa [que se confunde com o título e suas outras funções] não é mais valorizado em nossa sociedade. tudo aquilo que não tem mais valor perdeu o valor por perder sua utilidade. a função de professar conteúdos somada à autoridade e poder de controlar comportamentos e condicionar movimentos não é mais útil [por não potencializar]. de fato o papel desempenhado pelo professor é danoso. causa danos. despotencializa. o professar não tem mais valor. a função exercida pelo professor não desenvolve nem cultiva o potencial das crianças e jovens a que ele são confiados. o professar e o professor precisam acabar.
Até que ponto insistiremos e manteremos o obsoleto? Aquilo que perdeu sua função de melhorar a vida deve ser descartado. Hoje as crianças e jovens passam uma média de onze mil horas dentro de uma sala de aula durante sua vida escolar. Onze mil horas é tempo suficiente para uma pessoa percorrer o mundo a pé pela linha do Equador. É possível dar uma volta ao mundo caminhando durante o tempo que uma criança passa sentada em uma cadeira. É estimado hoje pela neurociência que uma pessoa precisa de dez mil horas de prática para se tornar um expert em alguma habilidade. Durante esse tempo o seu cérebro desenvolve redes neurais de longo prazo. Isso significa que o cérebro de um violinista, que tenha acumulado em torno de dez mil horas de prática, começa a lidar com o violino como se ele fosse uma extensão do seu corpo. O instrumento e o músico se tornam um só e a criatividade e o raciocínio passam a ser intuitivos. Durante as onze mil horas que uma criança passa dentro de uma escola ela se torna expert em que?
A função da escola deveria ser desenvolver o potencial criativo, intelectual e emocional de jovens e crianças. A palavra escola vem do grego scholé que entre outros significados quer dizer “lugar de lazer, lugar de ócio”. A sociedade contemporânea descarta o tempo livre por estar mergulhada nas ideias e ideais da era industrial. Nessa sociedade o tempo livre é usado para o consumo ou para o preparar-se para o trabalho. Sendo assim, as escolas se mantêm como espaços industriais, onde o tempo deve ser preenchido, os horários devem ser programados, os conteúdos devem ser empilhados, os movimentos e comportamentos devem ser controlados e limitados, onde as pessoas devem ser uniformes e homogêneas. A escola atual é um espaço limitador que muito difere da origem de seu nome. O scholé era um espaço de pensamento aberto e livre, um lugar para desenvolver o máximo do potencial do ser humano. A escola de hoje não é livre e não dá liberdade.
O papel do professor dentro dessa escola é de controlar comportamentos, ensinar conhecimento e limitar movimentos (físicos e intelectuais). E, ao contrário do que se possa parecer, ensinar conhecimentos é uma forma de limitação. Uma limitação intelectual e criativa que condiciona o pensar, o entender, o compreender, o agir. Até mesmo o tão falado “pensamento crítico” é ensinado: é apenas mais uma lógica e conjunto de discursos a ser memorizado. A escola é um espaço para desenvolver a memória ao invés de impulsionar a imaginação. Imaginação é a matéria-prima da inovação. A escola e a função exercida pelo professor de professar conteúdos mata aos poucos (e às vezes de uma só vez) a imaginação: a habilidade inerente do ser humano de criar contextos, gerar hipóteses, desenhar mapas conceituais, fazer simulações mentais, pensar no não material. A escola nos afasta da habilidade mais preciosa que temos, a de abstrair. Foram das abstrações de Pitágoras que compreendemos relações geométricas e matemáticas; das abstrações de Leonardo da Vinci que pudemos contemplar a simetria e o funcionamento do corpo humano, da dinâmica do vôo, entre inúmeras outras coisas; das abstrações de Albert Einstein compreendemos melhor a lógica do universo. Tudo que somos enquanto sociedade surgiu das abstrações imagéticas de homens e mulheres que puderam dar continuidade a sua habilidade de pensar e criar. Pessoas que mantiveram aceso o olhar espontâneo e atento da infância, aquilo que chamo de “natureza do olhar”.
A escola hoje é inimiga dessa natureza do olhar da infância. Ela é sacrificada na transformação de crianças e jovens em adultos. Os que mais admiramos em nossa história são aqueles poucos que tiveram as condições (a sorte ou a coragem) de transgredir o condicionamento imposto por aqueles que professavam os conhecimentos e controlavam os comportamentos da época. Vivemos em uma filosofia educacional paradoxal: queremos formar e formatar, mas aplaudimos e aclamamos justamente aqueles que estão fora de fôrmas e fórmas. O que entendemos como genialidade é oposto ao que fazemos. A genialidade é uma condição de liberdade de pensamento. E quem prende o pensamento é o professor.
Voltei àquela escola onde fui perguntado sobre a desvalorização do professor. Passei uma semana em longas e intensas conversas com um grupo pequeno de educadores que estavam interessados e entusiasmados com a possibilidade de fazer uma revolução naquele lugar. A mudança é algo que todos queremos, mas o que menos encontramos pessoas dispostas a fazer. Como filósofo, chego a conclusão que a mudança que deve ser feita na educação é acabar com a função e profissão do professor. Ela não é mais necessária, causa sérios danos à criatividade e autonomia dos jovens e crianças que estão sujeitos a sua autoridade. Creio que precisamos resgatar o papel do pedagogo. A palavra pedagogia vem do grego “acompanhar a criança”. O pedagogo era o escravo ateniense que “acompanhava a criança” no seu percurso entre os mestres (que detinham o conhecimento). Durante o percurso, o pedagogo conversava com a criança sobre o que ela havia vivenciado e experimentado no dia. Podemos escolher acreditar que o potencial da criança se desenvolvia por ouvir os mestres. Particularmente, acredito que o potencial da criança era cultivado e desenvolvido pela relação informal, espontânea, livre e comprometida do pedagogo com a criança. De qualquer forma, hoje não há necessidade de mestres que professem, já que o conhecimento e a informação não estão concentrados em poucas pessoas, mas sim disponíveis em grande quantidade em inúmeros lugares e fontes. O que precisamos é de pedagogos: pessoas que acompanhem as crianças e jovens no seu processo individual de exploração.
Sobre a necessidade de acabar com o papel do professor, posso dizer que ela é quase um imperativo ético e moral do nosso tempo. Não podemos continuar a sacrificar potenciais e talentos em nome de uma função que não é mais necessária. Insistir naquilo que despontencializa é perigoso. Não reconhecer e abrir caminho para aquilo que potencializa é perigoso. O professor não deve ser valorizado. Um novo profissional da educação deve ser inventado para substituir o espaço vazio que vemos hoje clamar por ser preenchido no universo educacional.
A Pedagogia da Compaixão é uma filosofia educacional que tem o objetivo de abrir caminho para essa nova educação baseada na liberdade e para esse novo educador que não prende, que dá liberdade e que é livre.
Marcelo Sando é filósofo e escritor. Autor do livro Notas & Reflexões Sobre Educação pela Editora Melo.
Artigo para a Revista Aprendizagem de Julho de 2011
O tema é interessante e atual.
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Boa leitura.
Recentemente estive em uma escola municipal conversando com um grupo de professores sobre educação. Muito se falou sobre a desvalorização do profissional, da necessidade de melhorar a auto-estima do professor, de melhor remuneração, entre outras diversas mesmas coisas que envolvem esse tema. Em um momento da conversa, um professor me fez a seguinte pergunta: “Marcelo, quando você acha que o professor deixou de ser valorizado ao longo da história?”. Essa pergunta me fez refletir por um bom tempo. Deixei para respondê-la ao final da palestra. Enquanto continuava a conversar com aquele grupo sobre escola, educação e pedagogia, aquela pergunta do professor me fez compreender melhor o meu próprio discurso. Ao final da palestra, senti-me pronto para dar a resposta: “Penso eu, que a função do professor deixou de ser valorizada quando ela deixou de ser necessária.” Aquelas poucas palavras concluíram a conversa daquele dia, mas iniciaram em mim uma profunda reflexão sobre seu significado.
Sou um filósofo, portanto contemplar meus pensamentos e encontrar uma forma de expressá-los com clareza é não só uma vontade, mas também uma missão. Procuro sempre escrever em poucas linhas pensamentos que poderiam ser conversados em muitas horas; procuro sintetizar em um único aforismo uma ideia que poderia ser descrita em um livro inteiro. A ideia de que o professor não é mais necessário não saiu de minhas meditações por uma semana. Até que, em um breve momento de clareza e inspiração, escrevi em um pedaço de papel os seguintes aforismos:
sobre o desvalor. pela lógica valorizamos aquilo que é útil [por facilitar a vida. por torná-la melhor. por potencializar]. pela mesma lógica desvalorizamos aquilo que não é útil [por dificultar a vida. por torná-la pior. por despontencializar]. a palavra inútil é forte demais para a sensibilidade interpretativa de algumas pessoas [mas ela só significa que algo não é mais útil]. possivelmente tudo que já foi útil se torna inútil quando deixa de cumprir seu papel primordial de potencializar a razão de sua utilidade. o inútil persistido é perigoso. o novo útil ignorado é ainda mais perigoso. nas duas situações existe perda de potencial [de tempo e de vida]. tudo que passamos a desvalorizar é tudo que deixou de ser útil. desvalorizamos aos poucos o inútil para dar espaço ao útil. o perigo reside em insistir em valorizar o inútil ignorando sua desnecessidade. sobre aquilo que é desvalor é necessário descartá-lo. o inútil [que um dia foi leve e agora é pesado] ocupa espaço demais. o útil [que é o novo leve] precisa de muito espaço para surgir.
sobre o desvalor do professor. desempenhamos papéis e funções ao ponto de confundirmos nosso senso de identidade com a função que desempenhamos. desvalorizada está a função do professor. aquele que professa [que se confunde com o título e suas outras funções] não é mais valorizado em nossa sociedade. tudo aquilo que não tem mais valor perdeu o valor por perder sua utilidade. a função de professar conteúdos somada à autoridade e poder de controlar comportamentos e condicionar movimentos não é mais útil [por não potencializar]. de fato o papel desempenhado pelo professor é danoso. causa danos. despotencializa. o professar não tem mais valor. a função exercida pelo professor não desenvolve nem cultiva o potencial das crianças e jovens a que ele são confiados. o professar e o professor precisam acabar.
Até que ponto insistiremos e manteremos o obsoleto? Aquilo que perdeu sua função de melhorar a vida deve ser descartado. Hoje as crianças e jovens passam uma média de onze mil horas dentro de uma sala de aula durante sua vida escolar. Onze mil horas é tempo suficiente para uma pessoa percorrer o mundo a pé pela linha do Equador. É possível dar uma volta ao mundo caminhando durante o tempo que uma criança passa sentada em uma cadeira. É estimado hoje pela neurociência que uma pessoa precisa de dez mil horas de prática para se tornar um expert em alguma habilidade. Durante esse tempo o seu cérebro desenvolve redes neurais de longo prazo. Isso significa que o cérebro de um violinista, que tenha acumulado em torno de dez mil horas de prática, começa a lidar com o violino como se ele fosse uma extensão do seu corpo. O instrumento e o músico se tornam um só e a criatividade e o raciocínio passam a ser intuitivos. Durante as onze mil horas que uma criança passa dentro de uma escola ela se torna expert em que?
A função da escola deveria ser desenvolver o potencial criativo, intelectual e emocional de jovens e crianças. A palavra escola vem do grego scholé que entre outros significados quer dizer “lugar de lazer, lugar de ócio”. A sociedade contemporânea descarta o tempo livre por estar mergulhada nas ideias e ideais da era industrial. Nessa sociedade o tempo livre é usado para o consumo ou para o preparar-se para o trabalho. Sendo assim, as escolas se mantêm como espaços industriais, onde o tempo deve ser preenchido, os horários devem ser programados, os conteúdos devem ser empilhados, os movimentos e comportamentos devem ser controlados e limitados, onde as pessoas devem ser uniformes e homogêneas. A escola atual é um espaço limitador que muito difere da origem de seu nome. O scholé era um espaço de pensamento aberto e livre, um lugar para desenvolver o máximo do potencial do ser humano. A escola de hoje não é livre e não dá liberdade.
O papel do professor dentro dessa escola é de controlar comportamentos, ensinar conhecimento e limitar movimentos (físicos e intelectuais). E, ao contrário do que se possa parecer, ensinar conhecimentos é uma forma de limitação. Uma limitação intelectual e criativa que condiciona o pensar, o entender, o compreender, o agir. Até mesmo o tão falado “pensamento crítico” é ensinado: é apenas mais uma lógica e conjunto de discursos a ser memorizado. A escola é um espaço para desenvolver a memória ao invés de impulsionar a imaginação. Imaginação é a matéria-prima da inovação. A escola e a função exercida pelo professor de professar conteúdos mata aos poucos (e às vezes de uma só vez) a imaginação: a habilidade inerente do ser humano de criar contextos, gerar hipóteses, desenhar mapas conceituais, fazer simulações mentais, pensar no não material. A escola nos afasta da habilidade mais preciosa que temos, a de abstrair. Foram das abstrações de Pitágoras que compreendemos relações geométricas e matemáticas; das abstrações de Leonardo da Vinci que pudemos contemplar a simetria e o funcionamento do corpo humano, da dinâmica do vôo, entre inúmeras outras coisas; das abstrações de Albert Einstein compreendemos melhor a lógica do universo. Tudo que somos enquanto sociedade surgiu das abstrações imagéticas de homens e mulheres que puderam dar continuidade a sua habilidade de pensar e criar. Pessoas que mantiveram aceso o olhar espontâneo e atento da infância, aquilo que chamo de “natureza do olhar”.
A escola hoje é inimiga dessa natureza do olhar da infância. Ela é sacrificada na transformação de crianças e jovens em adultos. Os que mais admiramos em nossa história são aqueles poucos que tiveram as condições (a sorte ou a coragem) de transgredir o condicionamento imposto por aqueles que professavam os conhecimentos e controlavam os comportamentos da época. Vivemos em uma filosofia educacional paradoxal: queremos formar e formatar, mas aplaudimos e aclamamos justamente aqueles que estão fora de fôrmas e fórmas. O que entendemos como genialidade é oposto ao que fazemos. A genialidade é uma condição de liberdade de pensamento. E quem prende o pensamento é o professor.
Voltei àquela escola onde fui perguntado sobre a desvalorização do professor. Passei uma semana em longas e intensas conversas com um grupo pequeno de educadores que estavam interessados e entusiasmados com a possibilidade de fazer uma revolução naquele lugar. A mudança é algo que todos queremos, mas o que menos encontramos pessoas dispostas a fazer. Como filósofo, chego a conclusão que a mudança que deve ser feita na educação é acabar com a função e profissão do professor. Ela não é mais necessária, causa sérios danos à criatividade e autonomia dos jovens e crianças que estão sujeitos a sua autoridade. Creio que precisamos resgatar o papel do pedagogo. A palavra pedagogia vem do grego “acompanhar a criança”. O pedagogo era o escravo ateniense que “acompanhava a criança” no seu percurso entre os mestres (que detinham o conhecimento). Durante o percurso, o pedagogo conversava com a criança sobre o que ela havia vivenciado e experimentado no dia. Podemos escolher acreditar que o potencial da criança se desenvolvia por ouvir os mestres. Particularmente, acredito que o potencial da criança era cultivado e desenvolvido pela relação informal, espontânea, livre e comprometida do pedagogo com a criança. De qualquer forma, hoje não há necessidade de mestres que professem, já que o conhecimento e a informação não estão concentrados em poucas pessoas, mas sim disponíveis em grande quantidade em inúmeros lugares e fontes. O que precisamos é de pedagogos: pessoas que acompanhem as crianças e jovens no seu processo individual de exploração.
Sobre a necessidade de acabar com o papel do professor, posso dizer que ela é quase um imperativo ético e moral do nosso tempo. Não podemos continuar a sacrificar potenciais e talentos em nome de uma função que não é mais necessária. Insistir naquilo que despontencializa é perigoso. Não reconhecer e abrir caminho para aquilo que potencializa é perigoso. O professor não deve ser valorizado. Um novo profissional da educação deve ser inventado para substituir o espaço vazio que vemos hoje clamar por ser preenchido no universo educacional.
A Pedagogia da Compaixão é uma filosofia educacional que tem o objetivo de abrir caminho para essa nova educação baseada na liberdade e para esse novo educador que não prende, que dá liberdade e que é livre.
Marcelo Sando é filósofo e escritor. Autor do livro Notas & Reflexões Sobre Educação pela Editora Melo.
Artigo para a Revista Aprendizagem de Julho de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
RESENHA DO LIVRO: A ESCOLA BÁSICA NA VIRADA DO SÉCULO: Cultura, política e currículo/ Marisa Varraber Costa(organizadora).3.ed.-São Paulo:Cortez,2002
Texto '' Discutindo a escola básica em tempos de neoliberalismo''. - Daiane Ribeiro
Texto: A Mcdonaldização da escola - Lilian e Sandra
Texto: Consumindo o outro: branquidade, educação e batatas fritas baratas. - Fernanda Cardoso e Yulli Busatta
Este texto trata da discussão das lutas de educadores ativistas para a construção de uma educação mais democratica. Onde Michel Apple relata uma história, que quando passava por um estrada rural, havia intervalos regulares de pequenas placas de sinalização plantadas na terra, com o simbolo de restaurante de fast food muito famoso dos EUA, fazendo com que a populaçõa dessa região migrasse para o centro, onde perderam direitos básicos como, saúde e educação. Por sua vez a empresa já estava empolgada com a oportunidade, pois assim iriam transferir parte de sua produção para a Ásia, uma vez que a nação asiática não aprova os sindicatos e o custo para a implantação seria menor. A partir disso o autor fala sobre o conceito de branquidade e uma das idéias é de relação colonialista, onde não há ou é muito baixa a remuneração. Então durante o período militar na Ásia, não havia escolas, profissores, hospitais e muito menos infra estrutura para isso, pois existiam mecanismos muito inteligentes para não fornecer estes serviços.
Texto: Descolonizar o currículo: estratégias para uma pedagogia crítica
Dois ou três comentários sobre o texto de Michael Apple - Dalva
Texto "A infância como construção pedagógica - Andressa, Bruna, Paola, Taíne.
O livro proporciona um panorama de reflexões e recoloca em debate a escola básica , e nos faz pensar as relações entre educação e poder. Michel aplle , chama a atenção para a importância teórica e politica de nós professores , nos voltarmos para as abordagens pós-modernas que concebem a escola como conectada as relações de dominação e exploração , é preciso perceber a complexidade da relação entre poder e conhecimento.
Texto: A Mcdonaldização da escola - Lilian e Sandra
O modelo Mcdonalds tem demonstrado, graças à universalização do Big Mac e das batatas fritas, uma comprovada capacidade para sair-se bem no mercado de alimentação "rápida". A escola pelo contrário, no que se refere as suas funções educacionais, não tem sido tão bem sucedida, de acordo com a ótica empresarial defendida pelos neoliberais. A possibilidade de construção de uma mercado escolar competitivo depende da difusão de rigorosos critérios de competição interna que regulem as práticas e as relações cotidianas da escola. A educação deve ser pensada como um grande campeonato.
Texto: Consumindo o outro: branquidade, educação e batatas fritas baratas. - Fernanda Cardoso e Yulli Busatta
Este texto trata da discussão das lutas de educadores ativistas para a construção de uma educação mais democratica. Onde Michel Apple relata uma história, que quando passava por um estrada rural, havia intervalos regulares de pequenas placas de sinalização plantadas na terra, com o simbolo de restaurante de fast food muito famoso dos EUA, fazendo com que a populaçõa dessa região migrasse para o centro, onde perderam direitos básicos como, saúde e educação. Por sua vez a empresa já estava empolgada com a oportunidade, pois assim iriam transferir parte de sua produção para a Ásia, uma vez que a nação asiática não aprova os sindicatos e o custo para a implantação seria menor. A partir disso o autor fala sobre o conceito de branquidade e uma das idéias é de relação colonialista, onde não há ou é muito baixa a remuneração. Então durante o período militar na Ásia, não havia escolas, profissores, hospitais e muito menos infra estrutura para isso, pois existiam mecanismos muito inteligentes para não fornecer estes serviços.
Dois ou três comentários sobre o texto de Michael Apple - Dalva
No olhar a cerca do discurso de Michel Apple, Tomas Tadeu da Silva aborda conceitos, conexões sociais e políticas ligadas à constituição do currículo reportadas às relações de poder entre educação e sociedade. Promove um entendimento claro da relação social e seu valor pedagógico, desmistificando o senso comum em torno das corporificações do currículo. Como elemento para formação histórica no descolonizar o currículo propõe estratégias que interrompem a dialética vigente e cotidiana, apontando para despertá-lo pela mudança aberta e significativa, reforçando assim a identidade social e a produção do conhecimento.
Texto "A infância como construção pedagógica - Andressa, Bruna, Paola, Taíne.
Quando a infância é estabelecida no século XVIII, a pedagogia começa a ser desenvolvida, com os direitos da criança de ser tratada como qual. Preocupa-se então com o lugar e o momento, onde se ensinará a criança, uma vez que na infância possui-se a maior capacidade de aprender; assim se tornou mais fácil para que a criança tenha a noção de espaço dentro da sociedade. Para individualizar a infância é necessário constituí-la como uma essência e nomeá-la para designar uma uma diferença que terá de ser institucionalizada em escolas.
Texto "A educação escolar na virada do século" - Fátima, Fernanda Souza, Júlia
Este capítulo traz alguns trechos da música do rapper Gabriel o pensador, onde ele critica a escola dizendo que o aluno só estuda para passar de ano e que após a prova ele esquece tudo. Os meios de comunicação de massa desempenha um papel fundamental, ele cria / destrói personagens, mas a importância da televisão não se limita a época de eleição, ela está presente no cotidiano dos telespectadores.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Formação de professores é desvalorizada pelas universidades, avaliam especialistas
Agência Brasil 14/09/2011 - Brasília DF
O ambiente acadêmico ainda considera a formação de professores para a educação básica uma tarefa “menor” o que dificulta a melhoria da qualificação desses profissionais para atuar em sala de aula. Este é o diagnóstico de especialistas, pesquisadores e organizações da sociedade civil reunidas no Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente. A formação de professores no Brasil foi tema de discussão em uma das mesas de debates, e há um consenso de que é necessária a revisão dos currículos dos cursos de pedagogia e de licenciaturas. Um dos componente que deve ser fortalecido, na opinião dos debatedores, é o prático. Para os especialistas, o estágio precisa ganhar maior importância e deve ocorrer desde o início da formação do professor. Uma das principais críticas é que a universidade não prepara o professor para lidar com a realidade da sala de aula, que inclui problemas de aprendizagem e um contexto social que influencia no processo.
“A formação inicial deve estar visceralmente ligada à sala de aula. Ela deve ocorrer em dois lugares: na universidade, onde eu penso, discuto e estudo e naquele lugar que é objetivo maior do professor, a sala de aula”, disse Gisela Wajskop, diretora-geral do Instituto Singularidades. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão, declarou que apesar do estágio ser obrigatório para a obtenção do diploma, em muitas escolas de formação ele não passa de uma “formalidade”. “O estágio é fundamental para conectar o que o aluno aprende na universidade e o mundo real. Ele precisa sair sabendo como são as escolas, quais são as dificuldades concretas que ele vai encontrar e quem é esse jovem que ele vai ensinar e que ele só estuda na psicologia. Mas o estágio precisa ser bem feito, orientado e cobrado”, ressaltou.
Uma das propostas apresentadas para melhorar a formação, é instituir nas licenciaturas e cursos de pedagogia uma espécie de residência, semelhante a que ocorre nos cursos de medicina e que é obrigatória para o exercício profissional. Leão aponta, entretanto, que a formação do professor não é a única variável que determina a qualidade do ensino. “A universidade que forma o professor da escola pública é o mesmo que forma o da particular. Mas, a segunda tem resultados melhores nas avaliações”, disse. Membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos defende a criação de centros ou institutos de formação nas universidades que sejam separados dos departamentos que hoje oferecem as licenciaturas. “O professor da universidade que está preocupado em dar aula na escola de educação básica é visto no seu departamento como inferior porque não está preocupado em publicar artigos nas revistas de ponta”, declarou. A desvalorização da carreira e dos cursos de formação têm levado ao fechamento das licenciaturas, conforme observou o vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Marcelo Lourenço. “Nós estamos pedindo socorro porque os cursos estão fechando por falta de procura”.
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O ambiente acadêmico ainda considera a formação de professores para a educação básica uma tarefa “menor” o que dificulta a melhoria da qualificação desses profissionais para atuar em sala de aula. Este é o diagnóstico de especialistas, pesquisadores e organizações da sociedade civil reunidas no Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente. A formação de professores no Brasil foi tema de discussão em uma das mesas de debates, e há um consenso de que é necessária a revisão dos currículos dos cursos de pedagogia e de licenciaturas. Um dos componente que deve ser fortalecido, na opinião dos debatedores, é o prático. Para os especialistas, o estágio precisa ganhar maior importância e deve ocorrer desde o início da formação do professor. Uma das principais críticas é que a universidade não prepara o professor para lidar com a realidade da sala de aula, que inclui problemas de aprendizagem e um contexto social que influencia no processo.
“A formação inicial deve estar visceralmente ligada à sala de aula. Ela deve ocorrer em dois lugares: na universidade, onde eu penso, discuto e estudo e naquele lugar que é objetivo maior do professor, a sala de aula”, disse Gisela Wajskop, diretora-geral do Instituto Singularidades. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão, declarou que apesar do estágio ser obrigatório para a obtenção do diploma, em muitas escolas de formação ele não passa de uma “formalidade”. “O estágio é fundamental para conectar o que o aluno aprende na universidade e o mundo real. Ele precisa sair sabendo como são as escolas, quais são as dificuldades concretas que ele vai encontrar e quem é esse jovem que ele vai ensinar e que ele só estuda na psicologia. Mas o estágio precisa ser bem feito, orientado e cobrado”, ressaltou.
Uma das propostas apresentadas para melhorar a formação, é instituir nas licenciaturas e cursos de pedagogia uma espécie de residência, semelhante a que ocorre nos cursos de medicina e que é obrigatória para o exercício profissional. Leão aponta, entretanto, que a formação do professor não é a única variável que determina a qualidade do ensino. “A universidade que forma o professor da escola pública é o mesmo que forma o da particular. Mas, a segunda tem resultados melhores nas avaliações”, disse. Membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos defende a criação de centros ou institutos de formação nas universidades que sejam separados dos departamentos que hoje oferecem as licenciaturas. “O professor da universidade que está preocupado em dar aula na escola de educação básica é visto no seu departamento como inferior porque não está preocupado em publicar artigos nas revistas de ponta”, declarou. A desvalorização da carreira e dos cursos de formação têm levado ao fechamento das licenciaturas, conforme observou o vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Marcelo Lourenço. “Nós estamos pedindo socorro porque os cursos estão fechando por falta de procura”.
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quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Prova Brasil
Educação básica
Prova Brasil será aplicada em novembro a mais de 6 milhões
Quinta-feira, 11 de agosto de 2011 - 19:04
Mais de 6,2 milhões de estudantes farão exames da Prova Brasil e do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), entre os dias 7 e 18 de novembro, nas 27 unidades da Federação. As provas serão aplicadas em mais de 70 mil escolas, localizadas em 5.538 municípios espalhados por todo o Brasil. Os dados foram apresentados em um evento voltado para representantes das secretarias estaduais de educação, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), realizado nos dias 4 e 5 de agosto em Brasília.
O número de alunos é uma previsão, tendo ainda como base o censo escolar da educação básica de 2010. O preenchimento dos dados deste ano será encerrado no dia 14 de agosto e o número mais consolidado de estudantes avaliados deverá ser conhecido após esse período.
Durante o evento, algumas novidades também foram apresentadas aos interlocutores, como a inclusão do Serviço Social da Indústria (Sesi) e de municípios que não possuem o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) como participantes das avaliações. Para terem notas, é preciso que as escolas tenham pelo menos 20 alunos matriculados na quarta série (quinto ano) e na oitava série (nono ano), no caso do Sesi, e o mínimo de 10 alunos na quarta série (quinto ano) do ensino fundamental no caso dos 230 pequenos municípios que não possuem Ideb.
Números – Em 2011, 570 toneladas de papel serão utilizadas para a aplicação da Prova Brasil e Saeb. Serão utilizados 1.300 malotes para guardar as provas. Para o transporte do material, mais de 214 mil carretas farão parte do processo e rodarão cerca de 26 mil rotas, desde a gráfica responsável pela elaboração das provas até o envio e recolhimento dos testes. Serão mais de 26 mil aplicadores e 2.800 polos que possuem agências dos correios, que armazenarão e farão a guarda das provas. Serão 21 modelos de provas, com pouco mais de 20 questões para cada nível de ensino. A Prova Brasil e o Saeb são dois exames complementares, que compõem o Sistema de Avaliação da Educação Básica.
Assessoria de Imprensa do Inep
O número de alunos é uma previsão, tendo ainda como base o censo escolar da educação básica de 2010. O preenchimento dos dados deste ano será encerrado no dia 14 de agosto e o número mais consolidado de estudantes avaliados deverá ser conhecido após esse período.
Durante o evento, algumas novidades também foram apresentadas aos interlocutores, como a inclusão do Serviço Social da Indústria (Sesi) e de municípios que não possuem o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) como participantes das avaliações. Para terem notas, é preciso que as escolas tenham pelo menos 20 alunos matriculados na quarta série (quinto ano) e na oitava série (nono ano), no caso do Sesi, e o mínimo de 10 alunos na quarta série (quinto ano) do ensino fundamental no caso dos 230 pequenos municípios que não possuem Ideb.
Números – Em 2011, 570 toneladas de papel serão utilizadas para a aplicação da Prova Brasil e Saeb. Serão utilizados 1.300 malotes para guardar as provas. Para o transporte do material, mais de 214 mil carretas farão parte do processo e rodarão cerca de 26 mil rotas, desde a gráfica responsável pela elaboração das provas até o envio e recolhimento dos testes. Serão mais de 26 mil aplicadores e 2.800 polos que possuem agências dos correios, que armazenarão e farão a guarda das provas. Serão 21 modelos de provas, com pouco mais de 20 questões para cada nível de ensino. A Prova Brasil e o Saeb são dois exames complementares, que compõem o Sistema de Avaliação da Educação Básica.
Assessoria de Imprensa do Inep
Palavras-chave: educação básica, Prova Brasil, Saeb, Inep
Matrícula no Ensino Fundamental em 2012 só aos 6 anos, determina MEC
A partir do ano que vem, apenas os alunos que completarem 6 anos até 31 de março vão poder entrar no Ensino Fundamental.
Uma recomendação do Conselho Nacional de Educação está dando o que falar nas escolas. A partir do ano que vem, as crianças só vão poder ser matriculadas no Ensino Fundamental com 6 anos de idade. O que vai acontecer com os alunos que estão saindo da pré-escola antes dessa idade?
Essa é a discussão do momento. O Conselho Nacional de Educação diz que elas terão de permanecer na educação infantil. Há escola em Brasília que vai criar uma turma intermediária para atender esses alunos, mas muitos pais reclamam da mudança.
Carolina vai ter de ficar um ano a mais na pré-escola por causa da mudança. Só depois de completar 6 anos, ela vai poder ir para a alfabetização. “A criança deve estar na série pela capacidade que ela tem e não ser limitada pela idade”, critica o pai André Ricardo.
Mas agora vai ser assim: a partir do ano que vem, apenas os alunos que completarem 6 anos até 31 de março vão poder entrar no Ensino Fundamental. A recomendação é do Conselho Nacional de Educação. O argumento é que muitos alunos estão sendo alfabetizados cedo demais.
O pai de Lucas, Yuri Cherman, acha que isso é relativo e depende do aluno. “Isso é muito subjetivo. Tem criança da idade dele que não tem tanta desenvoltura quanto ele, assim como tem outras que têm mais. Eu acho que isso tem de ser considerado mais do que a idade”, avalia.
Elaine Maia, que é mãe, diz que não se importa se a filha tiver de esperar mais um ano para se adaptar à nova regra. “Eu acho que o bem-estar da criança é que tem de ser pensado agora, e não a vontade de um pai no sentido de que eu faço questão que meu filho entre no Ensino Fundamental com 6 anos”, observa.
Uma escola em Brasília, que tem alunos pequenos de 0 a 5 anos, está reorganizando as turmas. Explicou para os pais que, a partir do ano que vem, os alunos vão ser divididos em dois grupos. Os que fazem aniversário até 31 de março seguem para a próxima série normalmente. Os outros vão ficar em uma turma nova, especial, que está sendo criada agora.
“Vai haver uma adaptação do conteúdo que não vai ter conteúdo repetido e não vai ser uma ruptura de todo. Querendo ou não, ele vai continuar com alguns colegas. Acho que não tem nenhum problema”, avalia a professora Iara Leite.
“O que eu acho que é ruim é você estar com um coleguinha da mesma idade na sua frente em uma série à frente, e você atrás”, disse a mãe Jackmary Fernandes.
“É complicado alfabetizar e educar a criança precocemente. A escola tem de respeitar o amadurecimento não só cognitivo, mas também afetivo, emocional e motor destas crianças”, defende Maria do Pilar Lacerda, secretária de educação básica do Ministério da Educação. De acordo com Maria do Pilar Lacerda, alguns casos isolados podem ser discutidos.
Fonte:
07/09/2011 08h06 - Atualizado em 07/09/2011 09h51
Uma recomendação do Conselho Nacional de Educação está dando o que falar nas escolas. A partir do ano que vem, as crianças só vão poder ser matriculadas no Ensino Fundamental com 6 anos de idade. O que vai acontecer com os alunos que estão saindo da pré-escola antes dessa idade?
Essa é a discussão do momento. O Conselho Nacional de Educação diz que elas terão de permanecer na educação infantil. Há escola em Brasília que vai criar uma turma intermediária para atender esses alunos, mas muitos pais reclamam da mudança.
Carolina vai ter de ficar um ano a mais na pré-escola por causa da mudança. Só depois de completar 6 anos, ela vai poder ir para a alfabetização. “A criança deve estar na série pela capacidade que ela tem e não ser limitada pela idade”, critica o pai André Ricardo.
Mas agora vai ser assim: a partir do ano que vem, apenas os alunos que completarem 6 anos até 31 de março vão poder entrar no Ensino Fundamental. A recomendação é do Conselho Nacional de Educação. O argumento é que muitos alunos estão sendo alfabetizados cedo demais.
O pai de Lucas, Yuri Cherman, acha que isso é relativo e depende do aluno. “Isso é muito subjetivo. Tem criança da idade dele que não tem tanta desenvoltura quanto ele, assim como tem outras que têm mais. Eu acho que isso tem de ser considerado mais do que a idade”, avalia.
Elaine Maia, que é mãe, diz que não se importa se a filha tiver de esperar mais um ano para se adaptar à nova regra. “Eu acho que o bem-estar da criança é que tem de ser pensado agora, e não a vontade de um pai no sentido de que eu faço questão que meu filho entre no Ensino Fundamental com 6 anos”, observa.
Uma escola em Brasília, que tem alunos pequenos de 0 a 5 anos, está reorganizando as turmas. Explicou para os pais que, a partir do ano que vem, os alunos vão ser divididos em dois grupos. Os que fazem aniversário até 31 de março seguem para a próxima série normalmente. Os outros vão ficar em uma turma nova, especial, que está sendo criada agora.
“Vai haver uma adaptação do conteúdo que não vai ter conteúdo repetido e não vai ser uma ruptura de todo. Querendo ou não, ele vai continuar com alguns colegas. Acho que não tem nenhum problema”, avalia a professora Iara Leite.
“O que eu acho que é ruim é você estar com um coleguinha da mesma idade na sua frente em uma série à frente, e você atrás”, disse a mãe Jackmary Fernandes.
“É complicado alfabetizar e educar a criança precocemente. A escola tem de respeitar o amadurecimento não só cognitivo, mas também afetivo, emocional e motor destas crianças”, defende Maria do Pilar Lacerda, secretária de educação básica do Ministério da Educação. De acordo com Maria do Pilar Lacerda, alguns casos isolados podem ser discutidos.
Fonte:
Edição do dia 07/09/2011
07/09/2011 08h06 - Atualizado em 07/09/2011 09h51
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Leamara diz...
Diante de observações que tenho visto, pude observar que que muitos dos pais estão mais preocupados com seu trabalho do que com a educação dos seus filhos e diante disto deixam eles muitas vezes trancados ou sentados num canto com seus brinquedos sem ter aquele diálogo que eles merecem, assim tornando seus filhos mais agressivos e com dificuldades de aprendizagem prejudicando o seu desenvolvimento escolar e provocando indignação e levando para violência dentro das escolas.
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