sexta-feira, 16 de setembro de 2011

RESENHA DO LIVRO: A ESCOLA BÁSICA NA VIRADA DO SÉCULO: Cultura, política e currículo/ Marisa Varraber Costa(organizadora).3.ed.-São Paulo:Cortez,2002

Texto '' Discutindo a escola básica em tempos de neoliberalismo''. - Daiane Ribeiro
  
       O livro proporciona um panorama de reflexões e recoloca em debate a escola básica , e nos faz pensar as relações entre educação e poder. Michel aplle , chama a atenção para a importância teórica e politica de nós professores , nos voltarmos para as abordagens pós-modernas que concebem a escola como conectada as relações de dominação e exploração , é preciso perceber a complexidade da relação entre poder e conhecimento.

Texto: A Mcdonaldização da escola - Lilian e Sandra

      O modelo Mcdonalds tem demonstrado, graças à universalização do Big Mac e das batatas fritas, uma comprovada capacidade para sair-se bem no mercado de alimentação "rápida". A escola pelo contrário, no que se refere as suas funções educacionais, não tem sido tão bem sucedida, de acordo com a ótica empresarial defendida pelos neoliberais. A possibilidade de construção de uma mercado escolar competitivo depende da difusão de rigorosos critérios de competição interna que regulem as práticas e as relações cotidianas da escola. A educação deve ser pensada como um grande campeonato.

Texto: Consumindo o outro: branquidade, educação e batatas fritas baratas. - Fernanda Cardoso  e Yulli Busatta

      Este texto trata da discussão  das lutas de educadores ativistas para a construção de uma educação mais democratica. Onde Michel Apple relata uma história, que quando passava por um estrada rural, havia intervalos regulares de pequenas placas de sinalização plantadas na terra, com o simbolo de restaurante de fast food muito famoso dos EUA, fazendo com que a populaçõa dessa região migrasse para o centro, onde perderam direitos básicos como, saúde e educação. Por sua vez a empresa já estava empolgada com a oportunidade, pois assim iriam transferir parte de sua produção para a Ásia, uma vez que a nação asiática não aprova os sindicatos e o custo para a implantação seria menor. A partir disso o autor fala sobre o conceito de branquidade e uma das idéias é de relação colonialista, onde não há ou é muito baixa a remuneração. Então durante o período militar na Ásia, não havia escolas, profissores, hospitais e muito menos infra estrutura para isso, pois existiam mecanismos muito inteligentes para não fornecer estes serviços.

Texto: Descolonizar o currículo: estratégias para uma pedagogia crítica
Dois ou três comentários sobre o texto de Michael Apple - Dalva

No olhar a cerca do discurso de Michel Apple, Tomas Tadeu da Silva aborda conceitos, conexões sociais e políticas ligadas à constituição do currículo reportadas às relações de poder entre educação e sociedade. Promove um entendimento claro da relação social e seu valor pedagógico, desmistificando o senso comum em torno das corporificações do currículo. Como elemento para formação histórica no descolonizar o currículo propõe estratégias que interrompem a dialética vigente e cotidiana, apontando para despertá-lo pela mudança aberta e significativa, reforçando assim a identidade social e a produção do conhecimento.

Texto "A infância como construção pedagógica - Andressa, Bruna, Paola, Taíne.

      Quando a infância é estabelecida no século XVIII, a pedagogia começa a ser desenvolvida, com os direitos da criança de ser tratada como qual. Preocupa-se então com o lugar e o momento, onde se ensinará a criança, uma vez que na infância possui-se a maior capacidade de aprender; assim se tornou mais fácil para que a criança tenha a noção de espaço dentro da sociedade. Para individualizar a infância é necessário constituí-la como uma essência e nomeá-la para designar uma uma diferença que terá  de ser institucionalizada em escolas. 

Texto "A educação escolar na virada do século" - Fátima, Fernanda Souza, Júlia

Este capítulo traz alguns trechos da música do rapper Gabriel o pensador, onde ele critica a escola dizendo que o aluno só estuda para passar de ano e que após a prova ele esquece tudo. Os meios de comunicação de massa desempenha um papel fundamental, ele cria / destrói personagens, mas a importância da televisão não se limita a época de eleição, ela está presente no cotidiano dos telespectadores.

2 comentários:

  1. Complementando....
    A organizadora divide o livro em nove capítulos contemplando as temáticas propostas pelos autores, educadores de renome internacional na área da educação, trazendo de suas reflexões que impulsionaram a realização do Seminário Internacional de uma Faculdade de Educação do Estado do Rio Grande do Sul no ano de 1995.
    Inicia o capítulo introduzindo o objetivo do livro, cujo tema é: “Discutindo a escola básica em tempos de neoliberalismo. Uma conversa introdutória”, onde faz uma explanação ao leitor das propostas apresentadas no Seminário, apresentação dos educadores, justificado pelos seus trabalhos, suas teorizações e práticas, contribuindo para compreender a temática da escola básica nesta época contemporânea, não apenas pela proximidade da virada do milênio, assim como para problemática envolvida neste processo.
    Inserida na pesquisa histórica das categorias espaço-temporais e socialização escolar, Julia Varela questiona as épocas históricas, os controles sociais, regulação dos processos escolares no tempo e no espaço. Assim, a partir de sua pesquisa distingue três modelos pedagógicos: as pedagogias disciplinares, as pedagogias corretivas e as pedagogias psicológicas. Apresenta seus conceitos, resultados, suas imbricações no contexto escolar histórica, deixando o leitor íntimo de sua teorização, subjetivando seu entendimento.
    Seguindo o ensaio de Guacira Lopes Louro, que discorre sobre a escola e a pluralidade dos tempos e espaços, a autora compara o tempo, o espaço, as construções sociais vivenciadas e regidas pelas mudanças e pela forma de gerenciar essas mudanças. Estabelecer um paralelo entre estas, supõe um entendimento das divisões sociais e seus papeis na sociedade, sujeitos e sujeitados aos domínios e imposições do corpo e o ritmo no processo de escolarização.
    Em a escola e o espírito do capitalismo redigido por Fernando Alvarez-Uría, o autor amplia a visão para o leitor da função do sistema educativo e sistema produtivo como forma de direcionar a reprodução social e hierarquizar, distribuindo de forma “desigual” a escola para todos. Aproxima a leitura da realidade com a análise de Weber, analisando os processos de formação do capitalismo. Analisa o papel da escola, suas mantenedoras e suas filosofias, como elemento formador e distanciador das camadas populares, indagando o papel do sistema escolar como foco de mudança social e histórica.
    Finalizando o livro, Regina Leite Garcia coloca em foco o tema deste seminário fazendo uma análise de uma das músicas do rapper Gabriel o Pensador – “Estudo Errado”. Contextualiza a letra da música com as práticas educativas e escolares praticadas em nosso país. Podemos acompanhar um desabafo da realidade oculta nos corredores e nas salas de aulas brasileiras, assim como um relato da educação “globalizada”, que circula no seio das sociedades pela imposição de instituições internacionais, pressionando o Terceiro Mundo as adaptações internacionais. Apresenta a influência e o papel da mídia na construção das identidades e na formação dos personagens nos diferentes cenários da economia, política e educação.

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  2. Resenha do cáp. 5

    O ponto de partida deste estudo é a idéia de que os processos de socialização dos sujeitos nas instituições escolares põem em jogo determinadas concepções e percepções do espaço e do tempo. Para entender os processos escolares de socialização e as diferentes pedagogias é necessário levar em conta a configuração que adotam as relações sociais, e mais concretamente, as relações de poder que incidem na organização e definição dos saberes legítimos, assim como na formação de subjetividades específicas.
    Para os sociólogos clássicos, e em especial para Marx, Weber e Durkheim, um dos traços que caracteriza a Modernidade é o processo de individualização. A partir do século XVI, tal processo se intensifica e estende em conexão com a crescente divisão social do trabalho, e na segunda metade do século XVI se configurou novos modelos de educação que marcaram a pauta para a socialização das jovens gerações dos grupos sociais dominantes.

    Giuliana Abdalla

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