quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Refletindo: TEORIAS PÓS-CRÍTICAS....

1 TEORIAS PÓS-CRÍTICAS 

1.1  UMA COISA “ESTRANHA” NO CURRÍCULO: A TEORIA QUEER

Essa teoria pretende questionar os processos discursivos e institucionais, as estruturas das significações sobre o que é certo do que errado, o que é moral e imoral, o que é moral e imoral. Chegar através do diferente o normal. Mas o que é normal? Ela provoca o sujeito a pensar o proibido, o imoral, o impensável, provocando um pensamento subversivo, desrespeitoso, mas que leve o sujeito a considerável possível pensar e questionar para construir sua identidade dentro da sociedade sem fronteiras, numa globalização universal. 

1.2  O FIM DAS METANARRATIVAS: O PÓS-MODERNISMO

Esse movimento questiona o saber e conhecimento do pensamento moderno, que prioriza as grandes narrativas de domínio e controle. Questiona as noções de razão e racionalidade, pois mais uma vez o sujeito é colocado como centro do mundo. Coloca em dúvida o progresso, pois este nem sempre trouxe benefícios e “modernidade” à sociedade. Os grandes avanços da ciência deixaram marcas maléficas na sociedade, assim como os grandes inventos. Colocam em foco os riscos do uso das tecnologias em progresso das nações. O sujeito perde sua identidade, pois deixa de ser quem é deixando de ser ele próprio. Ele é produzido, pensado, falado, engavetado por outras estruturas numa determinada época. 

1.3  A CRÍTICA PÓS-ESTRUTURALISTA DO CURRÍCULO

No pós-estruturalismo um significado é o que é não porque corresponde a um “objeto” que existe fora do campo da significação, mas porque foi socialmente produzido. Diferente do pós-modernismo o que importa aqui assim como a significação, é a linguagem. A característica da estrutura é focada nas relações entre os elementos. Não existe sujeito, a não ser como simples resultado do processo de produção da cultura social. O poder é algo inventado, assim como o saber, pois ambos dependem um do outro, às vezes sutilmente outras de maneira disciplinar. Para o pós-estruturalismo, o processo de significação é basicamente como indeterminado e instável, enfatiza a indeterminação e a incerteza. O significado não é pré-existente porque é cultural e socialmente produzido onde é importante o papel das relações de poder na sua produção. O que vale o como se constitui e como é constituído. E a partir daí poder olhar para os significados com uma nova ótica, com uma nova lente. 

1.4  OS ESTUDOS CULTURAIS E O CURRÍCULO 

Vamos construindo e constituindo sujeitos na medida em que apresentamos o mundo através do currículo, seja ele educacional ou social. A todo momento somos sujeitados a alguma coisa discursivamente, através de textos, imagens, discursos, territórios.

Segundo Tomás Tadeu os estudos culturais no currículo possibilitam fundamentar as ações educativas relacionadas e envolvidas com a construção de uma escola democrática voltada para a convivência mútua. Para tanto, faz-se necessário questionamentos e ações reflexivas quanto às relações de poder que assolam e se manifestam nas atitudes preconceituosas e excludentes em relação aos “diferentes” da sociedade. 

1.5  A PEDAGOGIA COMO CULTURA, A CULTURA COMO PEDAGOGIA

Silva (2009, p.139) coloca que a educação quanto a cultura em geral estão envolvidas em processos de transformação da identidade e subjetividade. Nessa perspectiva, segundo ele, os processos escolares se tornam comparáveis aos processos culturais.

Pedagogicamente falando, nos processos culturais não visualiza-se um currículo explicito, mas hibridado no contexto, já que sem querer ensinar, ele ensino e reproduz vivencias, reproduz modelos, assinala fatos, e, incorpora identidades na sociedade.
                                     

2 DEPOIS DAS TEORIAS CRÍTICAS E PÓS-CRÍTICAS


2.1 CURRÍCULO: UMA QUESTÃO DE SABER, PODER E IDENTIDADE

Segundo o autor, as teorias pós-críticas ao deslocarem a questão da verdade para aquilo que de fato é considerado verdade, politizam o campo social e colocam em debate essas verdades. Para ele, a verdade, assim como a ciência, apesar de não se conceituada como forma de poder, é caracterizada como uma forma de expor a verdade, pois ao problematizar gera incerteza e dúvida sobre o conhecimento,

O mundo é constituído de significações e representações. Compreender o legado deixado pelas teorias críticas e pós-críticas remete a ideia de que o poder esta em toda a parte, algumas vezes aparecendo mais sutilmente, outros obscuros. Nessa perspectiva as relações de poder, ambos são dominadas e dominadores. Não podemos mais enxergar o currículo como algo inocente, inquieto, solúvel, ao contrário, ele esta impregnado de significações e representações de ideologias emergentes. 

Referência:THOMAS, Tadeu Silva. Documentos De Identidade – Uma Introdução Às Teorias De Currículo. 3ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009

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