terça-feira, 30 de abril de 2013

Transformações sociais, currículo e cultura
Com a democratização do acesso, adentraram à escola representantes de grupos culturais, até então, alijados desse direito. Se outrora, os conhecimentos socializados pelo currículo advinham dos grupos situados em condições privilegiadas sem qualquer questionamento, neste momento, tal perspectiva enfrenta o desafio da sociedade multicultural.
É lícito que as políticas em torno da reconfiguração social atravessam inevitavelmente o debate curricular. A partir daí, foi gerado um certo consenso que afirma a democratização dos conhecimentos no currículo como ação em prol do reconhecimento das diversas culturas que compõem a sociedade. Alinhando-se a esse movimento, uma transformação curricular implicará não somente no estudo do patrimônio cultural dos grupos desprovidos de poder, como também, na desconstrução crítica dos conhecimentos oriundos da cultura hegemônica



Globalização: pensando neste fenômeno na escola.

- Contexto democrático;
- Sociedade multicultural;
- Função social da escola.




Teorias curriculares

- Teorias tradicionais;
- Teorias críticas;
- Teorias pós-críticas.




Cultura

- Cultuar, cultivar (Grécia Antiga);
- Estado de espírito
- Associada à razão e civilização (Iluminismo);
- Fator de identidade (Alemanha, século XIX);
- Modo de produção de classe (Inglaterra, século XIX).
Cultura da Antropologia
- Evolucionista (Taylor);
- Relativista (Boas);
- Funcionalista (Malinowiski);
- Sistêmica (Durkhein);
- Interpretativa (Geertz).

Cultura, o olhar dos Estados Culturais
- Campos de lutas (Hall);
- Incorporação;
- Distorção;
- Resistência;
- Negociação

sexta-feira, 26 de abril de 2013

TEORIAS TRADICIONAIS


TEORIAS TRADICIONAIS
Os estudos sobre currículo nascem nos Estados Unidos no século XX.
O currículo progressista de John Dewey, estuda uma educação democrática, centrada nos interesses e nas experiências das crianças.
A proposta técnica de Bobbit de uma educação de moldagem, com objetivos definidos, de organização e de avaliação de resultados, como a uma indústria, voltados à sociedade capitalista.
Começam as críticas sobre os modelos de currículo:
O filósofo Louis Althusser critica a educação e o currículo em uma análise marxista da sociedade, porque a escola é um aparelho ideológico do Estado.
Os economistas Samuel Bowles e Herbert Gintis destacam a educação através da troca nas relações sociais da escola e do trabalho, formando um trabalhador conforme as necessidades da sociedade capitalista.
Os sociólogos Pierre Bourdieu e Jean Claude Passeron critica a educação na análise marxista, porque a reprodução social está centrada na reprodução cultural das classes dominantes.
Nos Estados Unidos, a educação e o currículo, não se enquadravam nos modelos técnicos e administrativos, mas nas teorias sociais do marxismo, da fenomenologia e da hermenêutica.
Os conceitos marxistas de Gramsci e da Escola de Frankfurt, onde a economia e a política eram reproduzidas na cultura e na sociedade.
A fenomenologia de Edmund Husserl, Heiddeger e Merleau-Ponty, discute o senso comum, e constrói os estudos na relação entre sujeitos, o currículo é uma troca de experiências e vivências.
 A hermenêutica, segundo Gadamer, destaca a possibilidade de múltipla interpretação que têm os textos, entendidos não só como o escrito, mas qualquer conjunto de significados.
A crítica neomarxista de Michael Apple, que a economia tem o poder e produz a cultura e a sociedade, através da educação e do currículo.
Está sendo promissoras as apresentações das Teorias do Currículo, que através dos estudos nos mostram como são constituídos a educação e o currículo, retratando uma sociedade, uma cultura e uma economia.
Elisabete R.H.Kieling

domingo, 7 de abril de 2013


Seminário Tomaz Tadeu da Silva

As questões sobre currículo da escola básica estão no centro do debate dos dias atuais. Docentes e alunos do Curso de Pedagogia, segundo semestre das faculdades Integradas São Judas Tadeu, abrem este espaço para mostrar seus estudos e as formas de compreensão deste tema.
Aos poucos, vamos entendendo o currículo como um artefatos estratégicos que tem papel fundamental na formação de sujeitos, na produção de identidades e subjetividades ou nos processos de subjetivação. É exatamente por esta centralidades que as aulas de Teoria do Currículo vêm investigando esta lógica curricular, sua organização e funcionamente.
Na sexta-feira, dia 05 de abril, as alunas Selma e Elizabete apresentaram ao grupo seus estudos sobre as teorias tradicionais do currículo.
Espero que este Blog, com as diferentes contribuições dos estudos, seja promissor de outras discussões, desperte o interesse e propicie a construção de novos conhecimentos.
Deselo, também, que todas as postagens promovam intercâmbios para novas formas de pensar e fazer o currículo.
Como provocação inicial, assistam o video de abertura do Seminário.

Educação Infantil e as novas Diretrizes.

A partir desta sexta-feira (5), o ensino se torna obrigatório entre os 4 e 17 anos. Os pais ficam responsáveis por colocar as crianças na educação infantil a partir dos 4 anos e por sua permanência até os 17. Já os municípios e os Estados têm até o ano de 2016 para garantir a inclusão dessas crianças na escola pública.
Anteriormente, os pais eram obrigados a colocar as crianças na escola a partir dos 6 anos.
A alteração foi feita na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) por meio da Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (5). Essa regulamentação oficializa a mudança feita na Constituição por meio da Emenda Constitucional nº59 em 2009.
  • Art. 6º

    "É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 anos de idade"
A lei publicada hoje também "divide" a educação em três etapas: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio -- anteriormente, havia citação apenas para o ensino fundamental e médio.

Pais podem ser multados

Segundo o advogado Ariel de Castro Alves, da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB, os pais podem ser multados se não respeitarem a nova legislação -- os valores podem ir de três a vinte salários mínimos segundo o artigo 249 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
"A lei dispõe que ela entra em vigor na data da sua publicação, [e por isso] os pais já têm o dever de procurar vagas para seus filhos a partir dos 4 anos na educação básica [a partir desta sexta]", explica Ariel de Castro Alves.
Existe também uma punição criminal no Código Penal (artigo 246) aos pais que abandonam a educação do seu filho. A pena é de multa ou detenção de 15 dias a um mês.
Segundo o MEC, "a obrigatoriedade da educação básica dos 4 aos 17 anos decorre da Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009. A mesma EC garante que a medida deverá ser implementada progressivamente, até 2016". E, completa: "Evidentemente, não há como dissociar a obrigação dos pais da existência de vagas, que deverá ser garantida até o prazo previsto na EC."
Para o advogado Flavio Augusto Antunes, especialista em direito educacional, a lei "antecipa" o prazo de cumprimento da Emenda Constitucional 59. Ele faz ainda uma observação: "Os gestores públicos terão de cumprir essa lei desde já, sob pena de se considerar crime de responsabilidade, no caso de negligência com sua implementação, conforme já dizia o artigo 5º, § 4º, da Lei nº 9.394/96 (LDB)".

Educação infantil

Há também orientação sobre a avaliação da educação infantil. Não haverá retenção ou reprovação das crianças nessa etapa de ensino. A avaliação será feita "mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças". Os ensinos fundamental e médio já possuem quesitos de avaliação consolidados por meio do Saeb, com a Prova Brasil e o Ideb que medem a qualidade da educação dessas etapas.
Segundo a lei publicada hoje, "a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade".
Ficou estabelecido que a educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras:
  • Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;
  • carga horária mínima anual de 800 horas, distribuída por um mínimo de 200 dias de trabalho educacional;
  • atendimento à criança de, no mínimo, 4 horas diárias para o turno parcial e de 7 horas para a jornada integral;
  • controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% do total de horas;
  • expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança.
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Veja quais são as 20 metas para a educação na década; PNE ainda não foi aprovado20 fotos

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Meta 1 - Educação infantil: Garantir vaga na escola pública para todas as crianças de 4 e 5 anos até 2016, e para 50% das crianças de até 3 anos até 2020 Leia mais Leonardo Soares/UOL

Entenda

A pré-escola é a etapa anterior ao ensino fundamental e compreende a faixa etária dos 4 aos 5 anos de idade. Antes da mudança na Constituição, o ensino fundamental era a única fase escolar obrigatória no Brasil. Depois da emenda, o ensino passa a ser obrigatório dos 4 aos 17 anos, incluindo a pré-escola, o ensino fundamental e o médio. É dever dos pais matricular seus filhos a partir dos 4 anos e obrigação das redes de ensino garantir a vaga para todos as crianças a partir da mesma idade.
Os dados mais recentes do IBGE indicam que 1.154.572 crianças de 4 e 5 anos ainda estavam fora da escola em 2010. Apesar do enorme contingente ainda excluído, a matrícula na pré-escola avançou significativamente na última década. Em 2000, apenas 51,4% tinham acesso a educação nesta faixa etária, patamar que saltou para 80,1% em 2010.
(*Com informações de Amanda Cieglinski, do Portal EBC)