quarta-feira, 13 de junho de 2012

Seminário sobre o livro: A escola básica na virada do século


Disciplina: Teoria do currículo
Capítulo: a escola e a pluralidade dos tempos e espaços

O tempo e o espaço na escola são fatores culturais. Exemplo disso é a constituição do ambiente escolar que acontece ainda hoje da mesma maneira que antigamente. Alunos sentados uns atras dos outros, posisão do professor em sala de aula (podendo observar a todos), a chamada, o sinal dando a noção do tempo.
Todos esses fatores estão representando um currículo, que pode ser até oculto, mas é sempre presente no espaço escolar. A construção do prédio, a fachada, os simbolos religiosos ou a ausencia destes, são aspectos físicos de uma escola que também simbolizam o seu currículo. Esses elementos falam por si, e sinalizam o que aquele escolar pretende, ou melhor, que sujeito esta escola pretende formar.
Para tal fim é necessário haver corpos e mentes escolarizados, capazes de bem conviver socialmente , honestos e virtuosos – mas todas essas qualificações teriam e têm multiplos significados, de acordo com os diferentes sujeitos. A passagem pelos bancos escolares deixa marcas. Permite que se estabeleçam ou se reforcem as relações ou distinções entre os sujeitos. Ali se adquire todo um jeito de ser e de estar no mundo.
Também não precisamos pensar em grandes eventos para compreender onde e como se dá a escolarização. Ao contrário disso, é no dia a dia comum, nas ações rotineiras e aparentemenre banais, que a escola produz e reproduz os sujeitos nas suas diversidades e desigualdades. É também nesses espaços cotidianos que os sujeitos constroem suas respostas, suas resistências e adesões, fazendo-se a si mesmos.
Alguns desses processos podem estar se trasnformando e, aparentemente, estão. Mas a escola se constitui, ainda, em nossa sociedade, num espaço e num tempo especiais para a produção dos sujeitos, para a transformação de meninos e meninas em homens e mulheres. O que ela faz do período de tempo que dispõe e dentro dos limites de seu espaço e o que nós, professoras/es e estudantes, fazemos dentro dela tem portanto, relevancia: pode fazer diferença, pode abrir ou fechar possibilidades na construção de uma sociedade mais ou menos igualitária.

Aluna: Bianca Aline Silva

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