quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Bastante interessante esta parte da história referente a educação , como o nome mesmo diz a "educação nova no Brasil", trouxe um novo olhar sobre a educação no país, era necessário tentar algo novo e mais estruturado. Muito importante ao meu ver nesta época foi tornar a educação acessível a todos, de forma obrigatória e gratuita, e o Manisfesto dos Pioneiros, que tinha em seu propósito a reconstrução da educação no país. Infelizmente, apesar de todos os esforços realizados, em várias épocas diferentes como foi no período na educação nova, ainda não conseguimos resolver todos os problemas relacionados a educação no país. A caminhada ainda é longa, mas vale a pena para quem acredita no valor transformador que a educação possui na mudança de um país e na melhoria da qualidade de vida de seu povo.


Nome: Bianca Aline Silva
Disciplina: História da Educação II
A educação nova no Brasil
Com a revolução de 1930, alguns dos reformadores educacionais da década anterior passaram a ocupar cargos importantes na administração do ensino. Procuraram, então, colocar em prática as idéias que defendiam. Como resultado, a educação brasileira sofreu importantes transformações, que começaram a dar-lhe a feição de um sistema articulado, segundo normas do Governo Federal.
A primeira iniciativa com Revolução de 1930, no campo da educação foi a criação do ministério da Educação e das Secretarias de Educação dos Estados. Para ministro da educação foi escolhido Francisco Campos, que na década anterior havia reformado a educação de Minas Gerais.
A constituição de 1934 foi a primeira a incluir um capítulo especial sobre a educação, estabelecendo alguns pontos importantes: a educação como direito de todos; a obrigatoriedade da escola primária integral; a gratuidade do ensino primário; a assistencia aos estudantes necessitados; etc. A partir deste ano, o Governo Federal assumiu novas atribuições educacionais.
Se por um lado, tais atribuições constituíram o início da construção de um sistema nacional de educação, por outro lado assinalaram uma profunda centralização das competências. A autonomia dos Estados e dos diversos sistemas educacionais foi extremamente limitada. Dava-se muita ênfase a aspectos legais, normativos, burocráticos, deixando o objetivo fundamental da educação, que é o de criar condições para a formação de pessoas humanas, em segundo plano.
Em 1932, um grupo de 26 educadores lançou o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova: a reconstrução educacional no Brasil. Neste documento foram propostas e defendidas muitas soluções que, a partir de então, foram sendo aplicadas à educação brasileira.
O governo que assumiu o poder em 1930 não elaborou um documento legal único, que disciplinasse a educação em seu conjunto. Antes, preferiu editar leis separadas – e mesmo assim, uniformes – para os diversos graus e modalidades de ensino.
Segundo Valnir Chagas, na Lei do ensino primário acenava-se “com o tripice objetivo de desenvolvimento da personalidade, de preparação á vida cultural e familiar e à defesa da saúde, e de iniciação ao trabalho, tudo com um sentido acentuadamente brasileiro. Dividia-se a escolarização em fundamental e supletiva, destinando aquela as crianças de 7 a 12 anos e esta aos adolescentes e adultos maiores de 13. A fundamental compreendia quatro anos de curso elementar e um do complementar, que era, no fundo, o anterior “cursinho” de adestramento para o exame de admissão ao ginásio”.
Tanto em 1931 quanto em 1942 a estrutura do ensino secundário foi montada em dois graus, com duração total de sete anos. Em 1931 instituiu-se um curso fundamental de cinco anos, seguido de um curso complementar ou pré-universitário de dois anos. O fundamental era comum a todos e pretendia adaptar os candidatos aos curós superiores e, por isso mesmo, era dividido em três ramos: das matérias de Humanidades, Ciências naturais e Biológicas e Matemática.
Embora o artigo da Constituição de 1937 tivesse destinado o ensino técnico-comercial às classes menos favorecidas, a parir de 1942 esse ramo de ensino começou a contar com uma legislação nacional. Assim é que em 1942 foi regulamentado o ensino industrial, em 1943 o ensino comercial, em 1946 o ensino normal. Da mesma forma que o secundário, esses quatro ramos do ensino, desenvolviam-se em dois ciclos.
O ensino superior passou por importantes modificações a partir de 1930. Com a criação das primeiros universidades, superou-se a fase das escolas superiores isoladas, de caráter marcadamente profissional. A criação da Universidade de São Paulo, em 1934, tornou-se possível graças aos Estatutos das Universidades Brasileiras.
Os estatutos das Universidades Brasileiras, estabelecidos em 1931 vigoraram, com poucas modificações, até 1968, quando se procedeu a reforma universitária.

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