Escola,ética e cultura contemporânea:reflexões
sobre a constituição do sujeito que “não aprende” Resumo:
O presente artigo
fala sobre uma atual “febre” nas escolas:o TDAH. De uma forma crítica,analisa
quais são as justificativas que levam tantos alunos a serem diagnosticados com
tal transtorno.
Palavras chaves:
}TDAH
}Aprendizagem
}Subjetividade
O TDAH e a escola
Dificuldade
de prestar atenção na aula, distrair-se facilmente e
ficar com a mente vagando pelo "mundo da lua" quando o professor
está falando. Pouca paciência para estudar e fazer os deveres, agitação,
inquietude e uma capacidade incrível de fazer milhões de coisas ao mesmo tempo.
E quase nenhuma delas associada à aula. Estas são algumas características de
alunos que apresentam o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade,
conhecido como TDAH. O problema atinge um grande número de crianças e
adolescentes, que vêem o seu desempenho acadêmico prejudicado pela doença e
muitas vezes sequer sabem que são portadores.
Uma das
principais dificuldades dos alunos portadores de TDAH são os problemas de
comportamento no ambiente escolar, que se manifestam pela dificuldade de
obedecer a um código disciplinar rígido e pela agitação na sala de aula.
}Neste artigo,o
TDAH é caracterizado como uma epidemia no cotidiano escolar.
}A escola
contemporânea vem apresentando dificuldades em lidar com um aluno que,em consequência da
estrutura atual da família e sociedade,passa boa parte de seu tempo na
companhia da tv ou do computador,e uma grande parte de seu
desenvolvimento acaba sendo moldado.
}A escola e o aluno
não sofrem transformações na mesma velocidade.O aluno é mais rápido e a escola
é lenta.A escola encontra-se perplexa diante da necessidade de educar de modo igual sujeitos tão
diferentes entre si e no tempo e assim acaba procurando responsáveis e
culpados.Pode-se agora compreender tantos encaminhamentos para tratamento
especial.
}Antigamente,a família
a religião e a escola tinham grande
influência sobre o desenvolvimento intelectual e emocional de uma criança.A
maior influência agora é a do televisor,acompanhada de um crescente impacto de
outros meios eletrônicos.
}Classificar alunos
como portadores de distúrbios parece ser uma postura tranquilizadora para a
escola,que pode se ver como eficiente e situar a ineficiência longe de si,no
aluno.
}Como consequência ,temos
consultórios abarrotados de crianças em “tratamento” para TDAH,os pais investem
em tratamentos clínicos e a escola investe em palestras com profissionais da
área para pais e professores.E Essa mesma escola encaminha em grande número
seus alunos para esse tratamento clínico.
}Medicar é uma solução
arriscada.É de uma responsabilidade muito grande medicar ou rotular uma criança
e influenciar seu desenvolvimento e sua vida escolar.A medicação usada de modo
não criterioso pode mascarar um sintoma de outros quadros que podem ser apresentados
e representados na produção sintomática
apresentada pela criança.
Este artigo foi escrito por Ieda Benedetti,psicóloga,doutoranda
do Programa Pós-graduação em Educação da
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e Sônia da Cunha Urt,professora
de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Curiosidades...
}O diagnóstico do TDAH
é menos comum nas meninas. O que normalmente faz a família procurar um médico
são os problemas com a agitação e a inquietação típica dos rapazes. Estima-se
que dois terços dos pacientes diagnósticas sejam homens e apenas um terço de
mulheres. Mas se as meninas não tem a mesma capacidade de alvoroçar a turma e
tirar os professores do sério, as dificuldades de aprendizado são as mesmas.
Alunas:Aline Nunes,Fernanda Ramires e Genessi Souza
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