Trabalho realizado pelas alunas:
Ana Lucia Reis e Regina Oliveira dia 25 de maio na disciplina Teoria do
Currículo, ministrada pela professora Maria Inês.
DOCUMENTOS
DE IDENTIDADE
Uma introdução às teorias do currículo
Uma introdução às teorias do currículo
Uma
coisa “estranha” no currículo: a Teoria Queer
O termo queer tem sido utilizado para se referir,
de forma depreciativa, às pessoas homossexuais, sobretudo do sexo masculino.
Surgiu nos Estados Unidos e Inglaterra. Para a unificação
dos estudos gays e lésbicos.
Teoria Queer também sugere novas formas de pensar a
cultura, o conhecimento, o poder e a educação.
Segundo Louro, a política queer está vinculada
ao pós-estruturalismo e a noção de identidade.
O principal teórico que contribuiu na formulação da
Teoria Queer foi Foucault. A ideia foi a construção discursiva da
sexualidade como formas dispersas e variadas.
A pedagogia Queer não objetiva simplesmente incluir no
currículo informações corretas sobre a sexualidade.
Um currículo que não se limita a questionar o
conhecimento como socialmente construído. Quer explorar aquilo que ainda não
foi construído.
A Teoria Queer- essa coisa “estranha”- é a diferença que
pode fazer diferença no currículo.
O
fim das metanarrativas: o pós-modernismo
A filosofia
iluminista é um exemplo de metanarrativa. Acreditava que a razão e o progresso
científico e a tecnologia levariam o homem a felicidade.
Outro exemplo é o marxismo. Confronto entre duas classes contraditórias,
a burguesia e o proletariado.
A história, porém,
mostrou que, na prática, tais teorias não funcionaram conforme o previsto.
Por esta razão,
criou-se um clima de desconfiança em relação a qualquer discurso que proponha
formar consensos universais.
A Modernidade, constituída no século XV e consolidada no
século XVIII, é criticada em seus pilares fundamentais.
Para substituir
estes dogmas são propostos novos valores, menos fechados e categorizantes.
A pós-modernidade
é um movimento intelectual que proclama que estamos vivendo uma nova época.
O ser humano tem
certas características essenciais, as quais devem servir de base para a
construção da sociedade.
A educação como a conhecemos hoje é a instituição moderna
por excelência.
Objetivos: conhecimento científico, formar ser humano
autônomo e moldar o cidadão da moderna democracia representativa.
Principais características: autoconsciência,
auto-reflexão, radicalização de posições antirracionalistas e antiburguesas.
No quadro epistemológico do pensamento moderno, o sujeito
é livre e autônomo.
É unitário: sua consciência não admite divisões ou
contradições.
É identitária: sua existência coincide com seu
pensamento.
Para a perspectiva pós-modernista, o sujeito não é o
centro da ação social. Ele não pensa, não fala e não produz: ele é pensado,
falado e produzido.
O pós-modernismo não apenas tolera, mas privilegia a
mistura, o hibridismo e a mestiçagem de culturas, estilos e de modo de vida.
Há uma incompatibilidade entre o currículo existente e o
pós- moderno.
No centro do
currículo existente está o sujeito racional, centrado e autônomo da
Modernidade.
A
critica pós-estruturalista do currículo
O pós- modernismo assinala o fim da pedagogia crítica e o
começo da pedagogia pós-crítica.
O currículo há muito tempo deixou de ser apenas uma área
meramente técnica, voltada para questões relativas a procedimentos e métodos.
Podemos falar em uma tradição crítica do currículo,
guiada por questões sociológicas, políticas e epistemológicas.
Mesmo antes de se constituir em objeto de estudo, o
currículo sempre foi alvo da atenção de todos os que buscavam entender e
organizar o processo educativo escolar.
O pós-estruturalismo limita-se a teorizar sobre a linguagem
e o processo de significação.
Na sua concepção mais geral, o estruturalismo se define,
obviamente, por privilegiar a noção de estrutura.
O estruturalismo parte das investigações linguísticas de
Saussure que enfatizava as regras de formação estrutural da linguagem.
Só no final do século XIX que nos Estados Unidos um grupo
de educadores começou a tratar mais sistematicamente os problemas e questões
curriculares.
O currículo está centralmente envolvido em relações de
poder.
Na visão crítica: diferentes grupos sociais em termos de
classe, etnia, gênero etc.
O pós-estruturalismo, entretanto radicaliza o caráter
inventado do sujeito. O sujeito era produto da ideologia.
O sujeito não passa de uma invenção cultural, social e
histórica, não possuindo nenhuma propriedade essencial ou originária.
Para Foucault “não existe sujeito a não ser como o
simples e puro resultado de um processo de produção cultural e social. [...]”.
Foucault , concebe o poder não como algo que se possui, nem como algo fixo, mas
como móvel e fluido. O saber e o poder são mutuamente dependentes.
Isso transforma a teorização curricular crítica em um
esforço contínuo de identificação e análise das relações de poder, envolvidas
na educação e no currículo.
Referências:
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade.
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