domingo, 27 de maio de 2012


Trabalho realizado pelas alunas: Ana Lucia Reis e Regina Oliveira dia 25 de maio na disciplina Teoria do Currículo, ministrada pela professora Maria Inês.

DOCUMENTOS DE IDENTIDADE
Uma introdução às teorias do currículo

Uma coisa “estranha” no currículo: a Teoria Queer
O termo queer tem sido utilizado para se referir, de forma depreciativa, às pessoas homossexuais, sobretudo do sexo masculino.
Surgiu nos Estados Unidos e Inglaterra. Para a unificação dos estudos gays e lésbicos.
Teoria Queer também sugere novas formas de pensar a cultura, o conhecimento, o poder e a educação.
Segundo Louro, a política queer está vinculada ao pós-estruturalismo e a noção de identidade.
O principal teórico que contribuiu na formulação da Teoria Queer foi Foucault. A ideia foi a construção discursiva da sexualidade como formas dispersas e variadas.
A pedagogia Queer não objetiva simplesmente incluir no currículo informações corretas sobre a sexualidade.
Um currículo que não se limita a questionar o conhecimento como socialmente construído. Quer explorar aquilo que ainda não foi construído.
A Teoria Queer- essa coisa “estranha”- é a diferença que pode fazer diferença no currículo. 

O fim das metanarrativas: o pós-modernismo

 A filosofia iluminista é um exemplo de metanarrativa. Acreditava que a razão e o progresso científico e a tecnologia levariam o homem a felicidade.
Outro exemplo é o marxismo. Confronto entre duas classes contraditórias, a burguesia e o proletariado.
 A história, porém, mostrou que, na prática, tais teorias não funcionaram conforme o previsto.
 Por esta razão, criou-se um clima de desconfiança em relação a qualquer discurso que proponha formar consensos universais.
A Modernidade, constituída no século XV e consolidada no século XVIII, é criticada em seus pilares fundamentais.
 Para substituir estes dogmas são propostos novos valores, menos fechados e categorizantes.
 A pós-modernidade é um movimento intelectual que proclama que estamos vivendo uma nova época.
 O ser humano tem certas características essenciais, as quais devem servir de base para a construção da sociedade. 
A educação como a conhecemos hoje é a instituição moderna por excelência.
Objetivos: conhecimento científico, formar ser humano autônomo e moldar o cidadão da moderna democracia representativa.
Principais características: autoconsciência, auto-reflexão, radicalização de posições antirracionalistas e antiburguesas.
No quadro epistemológico do pensamento moderno, o sujeito é livre e autônomo.
É unitário: sua consciência não admite divisões ou contradições.
É identitária: sua existência coincide com seu pensamento.
Para a perspectiva pós-modernista, o sujeito não é o centro da ação social. Ele não pensa, não fala e não produz: ele é pensado, falado e produzido.
O pós-modernismo não apenas tolera, mas privilegia a mistura, o hibridismo e a mestiçagem de culturas, estilos e de modo de vida.
Há uma incompatibilidade entre o currículo existente e o pós- moderno.
 No centro do currículo existente está o sujeito racional, centrado e autônomo da Modernidade.

A critica pós-estruturalista do currículo

O pós- modernismo assinala o fim da pedagogia crítica e o começo da pedagogia pós-crítica.
O currículo há muito tempo deixou de ser apenas uma área meramente técnica, voltada para questões relativas a procedimentos e métodos.
Podemos falar em uma tradição crítica do currículo, guiada por questões sociológicas, políticas e epistemológicas.
Mesmo antes de se constituir em objeto de estudo, o currículo sempre foi alvo da atenção de todos os que buscavam entender e organizar o processo educativo escolar.
O pós-estruturalismo limita-se a teorizar sobre a linguagem e o processo de significação.
Na sua concepção mais geral, o estruturalismo se define, obviamente, por privilegiar a noção de estrutura.
O estruturalismo parte das investigações linguísticas de Saussure que enfatizava as regras de formação estrutural da linguagem.
Só no final do século XIX que nos Estados Unidos um grupo de educadores começou a tratar mais sistematicamente os problemas e questões curriculares.
O currículo está centralmente envolvido em relações de poder.
Na visão crítica: diferentes grupos sociais em termos de classe, etnia, gênero etc.
O pós-estruturalismo, entretanto radicaliza o caráter inventado do sujeito. O sujeito era produto da ideologia.
O sujeito não passa de uma invenção cultural, social e histórica, não possuindo nenhuma propriedade essencial ou originária. 
Para Foucault “não existe sujeito a não ser como o simples e puro resultado de um processo de produção cultural e social. [...]”. Foucault , concebe o poder não como algo que se possui, nem como algo fixo, mas como móvel e fluido. O saber e o poder são mutuamente dependentes.
Isso transforma a teorização curricular crítica em um esforço contínuo de identificação e análise das relações de poder, envolvidas na educação e no currículo.

Referências:

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade.

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