PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO QUESTÕES DO COTIDIANO
O ATO DE APRENDER E SUAS DIFICULDADES: UMA LEITURA PSICANALÍTICA
O aprender:
É algo que vem de encontro com uma necessidade ou desejo, tornando-se prazeroso.
Quando o ato de aprender torna-se um gesto de sujeição, que faço porque sinto que tenho de me submeter a alguém, há pouco espaço para o prazer;
Winnicott mostrou que o bebê “nasce pronto para criar”.
O bebê:
O bebê é totalmente dependente da mãe ou de alguém que exerça a função materna; e recebe desta mãe o que necessita e com isso permite a experiência da ilusão de criação. Quando a mãe falha, o que é inevitável e até necessário (de forma gradual), permite ao bebê encontrar recursos para enfrentá-los; Processo de pensamento é um recurso para lidar com a falta e com o conflito.
Os objetos transicionais: (criação de um objeto simbólico, da figura materna)
Entre os 6 e 12 meses de idade, a criança começa a perceber que existe uma separação do EU – MUNDO, essa descoberta onde existe uma mãe separada dela, e que não faz parte dela, e existe a possibilidade da perda, essa descoberta traumática é amenizada com os “objetos transicionais”, ursinhos, paninhos, chupeta, alguns rituais na hora de dormir, cantar certas músicas, etc.
Os objetos transicionais têm a função de fazer a ponte entre o mundo interno e o externo; A criança vive com o objeto a primeira posse do não eu.
A relação professor/criança:
O professor assim como a mãe tem a função de espelho: uma vez feita a apropriação e a transformação do mundo pela criança ela precisa de alguém que reconheça e valide essa aquisição; Deve existir uma qualidade na relação professor-aluno.
*O professor apresenta à criança um mundo.
O processo de aprendizagem torna-se algo prazeroso que será investido e desenvolvido quando a criança confia no mundo e no outro. Decorar a tabuada pode se tornar prazeroso se a criança usar para calcular mais facilmente quantas figurinhas pode comprar com a mesada.
Referências:
-Sanches, Renate Meyer. Psicanálise e educação.
Questões do cotidiano - São Paulo: Escuta, 2002.
Lilian, Sandra e Vanessa Maidana
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