Este programa tem por finalidade inserir nas escolas a discussão: O que é ser cidadão? Como ele deve agir? Qual o papel dele em seu meio social? Por que ser um cidadão? O que é ética? Como ser um cidadão ético?
Estas perguntas, antes deste Programa, eram intrínsecas no contexto escolar, agora, elas são trabalhadas com veracidade dentro de cada momento do cotidiano do educando. Mesmo que não seja de uma forma tão eficaz, mas ainda assim, estamos caminhando para que cheguemos ao ideal. Ideal este que seja o de vivermos em harmonia com as diferenças, com as múltiplas formas de entendimento. Que o fato de sermos diferentes não seja motivo para a violência e incompreensão. Como diz o artigo 2 da LDB, ela é inspirarda nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, é finalidade da educação nacional o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O artigo 1º diz que a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem em várias esferas (família, convivência, trabalho, escola, movimentos sociais etc.).
A educação para a cidadania, e os programas educacionais voltados para esse fim, tem que ter a crença na tolerância, a marca do bom senso, da razão e da civilidade que faz com que os homens possam se relacionar entre si. Pressupõe, também, a crença na possibilidade de formar este homem, ensinando a tolerância e a civilidade dentro do espaço e do tempo da escola.
Mas para que a lei seja posta em prática o educador também tem que ter consciência de seu papel enquanto cidadão. As atuais discussões sobre como adequar as instituições de ensino a capacitar os professores de acordo com o que pede a lei se aparenta com este problema : como transformar nossos educadores em cidadãos aptos a ensinar cidadania e nossas escolas em espaços democráticos que auxiliem a ausência de ética e da violência presentes na sociedade?
Para que tudo isso se torne possível é necessário o comprometimento dos professores. É preciso que os educadores acreditem que é possível ensinar a virtude, que é possível ensinar cidadania.
Não se pode negar que o educador, a escola e os profissionais que ali atuam detenham o poder de formar cidadãos. E, mais ainda, que os educadores, mesmo sendo pessoas, quando no exercício público da razão, pode e devem ter uma responsabilidade ética pelo que ensinam, transmitem, opinam. Desde de sempre, a idéia de educação implica a busca de uma ação moderada e não influenciada pelas paixões. Desta forma a questão do papel do educador ganha uma relevância ainda maior porque será a parti dele, de suas atitudes, da forma como lida com conteúdos, como elabora suas aulas, como se relaciona com seus alunos, da forma como lida com seus preconceitos e conceitos que outros valores e virtudes poderão ser definidos.
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