sábado, 26 de novembro de 2011

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

Historia da Educação - Profa. Mireila
Abaixo um resumo da minha leitura do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire:

Foi muito bom para o meu aprendizado ler e debater este livro. Paulo Freire tem um olhar critico e a mesmo tem observador sobre as questões de docência e discência.

Para o aluno adquirir sua autonomia o professor deve reforçar a sua capacidade crítica, assegurando sua curiosidade.



Paulo Freire – Pedagogia da Autonomia


Não há docência sem discência


Freire aponta que existem diferentes tipos de educadores: críticos, progressistas e conservadores.


A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência de relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blá-blá-blá e a prática, ativismo.


“Ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção” - Isso explica que o ensino não é responsabilidade única do professor. Que a aprendizagem também não é algo exclusivo do aluno. Ensinar e aprender são atividades que se complementam.


Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais se constrói e desenvolve o que venho chamando d”curiosidade epistemológica”, sem a qual não alcançamos o conhecimento cabal do objeto.

• conseguir dosar a relação teoria/prática; criar possibilidades para o aluno produzir ou construir conhecimentos, ao invés de simplesmente transferir os mesmos; reconhecer que ao ensinar, se está aprendendo; e não desenvolver um ensino de "depósito bancário", onde apenas se injetam conhecimentos (informações) nos alunos! Saber “despertar no aluno a curiosidade, a busca do conhecimento, a necessidade de aprender de forma crítica”.


Destaca a necessidade de uma reflexão crítica sobre a prática educativa, pois sem ela a teoria pode ir virando apenas discurso; e a prática, ativismo e reprodução alienada. Quando diz que não há docência sem discência, quer dizer que: quem ensina ‘aprende o ensinar’, e quem aprende ‘ensina o aprender’, sendo este posicionamento muito importante para o autor.


Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Isso explica que o ensino não é responsabilidade única do professor. Que a aprendizagem também não é algo exclusivo do aluno. Ensinar e aprender são atividades que se complementam.

Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos. É preciso estabelecer uma intimidade entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos. Respeitar e utilizar esses saberes.

Ensinar exige criatividade. A curiosidade é inerente ao processo de ensino-aprendizagem. Não há criatividade sem curiosidade.


Ensinar exige estética e ética. Se, se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é formar.

Ensinar exige bom senso. Quanto mais praticamos de forma metódica a nossa capacidade de indagar, duvidar, de aferir, tanto mais eficazmente curiosos podemos nos tornar e com isso o nosso bom senso pode ir se tornando mais crítico. O exercício do bom senso vai superando o que há nele de instintivo por meio da avaliação que fazemos dos fatos e dos acontecimentos em que nos envolvemos. O educador precisa do bom senso em seu trabalho. 2.5 Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores.

A luta dos professores em defesa de seus direitos e de sua dignidade deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente, enquanto prática ética. Não é algo que vem de fora da atividade docente, mas algo que faz parte dela. Uma das formas de luta contra o desrespeito dos poderes públicos pela educação, de um lado, é a nossa recusa em transformar nossa atividade docente em puro bico, e de outro, a nossa rejeição a entendê-la e a exercê-la como prática afetiva de “tias e de tios”.

Ensinar exige apreensão da realidade.

Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no Mundo. A educação jamais é neutra, ela pode implicar tanto o esforço da reprodução da ideologia dominante quanto o seu desmascaramento.

A Pedagogia da Autonomia deve estar centrada em experiências estimuladoras da decisão, da responsabilidade, ou seja, em experiência respeitosas da liberdade. Para isso, ao ensinar, o professor deve ter liberdade e autoridade, em que a liberdade deve ser vivida em coerência com a autoridade. O professor como ser político, emotivo, pensante não pode ser imparcial em suas atitudes, deve sempre mostrar o que pensa, apontando diferentes caminhos, evitando conclusões, para que o aluno procure a qual acredita, com suas explicações, se responsabilizando pelas conseqüências e construindo assim sua autonomia. Para que isso ocorra deve haver um balanço entre autoridade e liberdade. Deste modo, destaca-se que somente quem sabe escutar é que aprende a falar com os alunos. Finaliza dizendo que a atividade docente é uma atividade alegre por natureza, mas com uma formação científica séria e com a clareza política dos educadores.





Nenhum comentário:

Postar um comentário