domingo, 27 de novembro de 2011

Pedagogia da Autonomia - História da Educação II

                                           Pedagogia da Autonomia
      Quando comentei com algumas pessoas que teria que ler o livro Pedagogia da Autonomia, ou melhor, que isso ler Paulo Freire, me falaram algumas coisas a respeito, de que seria uma leitura repetitiva e cansativa.Mas lendo o livro,pude observar que muitos dos relatos do autor  refletem nos dias de hoje no nosso ambiente escolar,apesar de alguns bons anos terem se passado.
      A partir deste texto farei algumas citações, dos relatos do autor, dos pontos que achei mais relevantes desta obra, fazendo minhas próprias reflexões a partir delas.
      Ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou sua construção (FREIRE, 1996, p22), concordo muito com esta fala do autor, mas infelizmente não é o que acontece dentro da sala de aula,quase que não há uma troca entre o aluno/professor,pois ainda tem aqueles que acham ser os donos da sabedoria.Tanto que era assim e continua sendo que  Freire (1996,23) afirma:
[...] Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ao aprender.
      Penso então, que apesar dos alunos e professores não serem um o objeto do outro, de certa forma um depende do outro e por isso acho que deve haver sim uma troca de “saberes” entre o aluno e professor. Porque acho  que o ser professor é um ser como qualquer  um outro, tendo todo direito de errar e muitas vezes não ter respostas,mas ainda sim tem professores que não admitem saber menos que seus alunos.
      Duas frases de Freire (1996, p29) que achei muito boas e que no meu ponto de vista se completam; não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.Essas duas frases de Freire,quase se dá a idéia de um professor daqueles bem moderninho que estão sempre abertos e dispostos para novidades, e não aquele professor que diz pau é pau e pedra é pedra,não aceitando qualquer tipo de questionamento.
     “Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a pratica de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima pratica” (FREIRE, 1996, p39), achei muito curiosa esta frase,mas depois fiquei me perguntando, será que depois de refletir criticamente o ontem e hoje será melhor o amanhã?Acho que só refletir e não haver mudanças não se resolve nada, pois se realmente tivesse melhoras, penso que educação hoje não estaria da forma em que esta.
      De uma forma geral, achei o autor bastante crítico em relação à educação, e o próprio livro nos mostram os fatos que acontecem ainda no nosso cotidiano, penso nesta obra como um momento reflexivo do próprio autor, e penso também que tem muita gente que não concorda com as palavras deste autor, mas também cada leitor tem o direito de refletir sobre aquilo se esta lendo. Concordo com muito coisa que esta escrita no livro,mas penso que a realidade não é essa,pois as coisas não acontecem cem por cento desta forma.


ALUNA: FERNANDA CARDOSO

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