Vemos a necessidade de respeito aos conhecimentos que o aluno traz para a escola. Os alunos são sujeitos que fazem parte da sociedade e têm toda uma bagagem histórica de vida. Tenho a idéia de que ensinar não é somente treinamento de determinadas habilidades ou desempenhos. Mas sim, saber também trabalhar as histórias dos alunos, por que isso faz parte da vida. Isto seria agir de uma forma ética, e que devemos buscar constantemente essa ética, a qual Freire fala de " ética universal do ser humano"(p.16), que é fundamental para o trabalho do professor. Entendo da ética como nosso modo de ser o tempo inteiro de forma individual ou em grupo. Da ética até de nossos pensamentos, de nossas idéias, o que pensamos sobre o outro, sobre a vida e o mundo.Freire fala que quando nos assumimos como sujeitos que busca algo, que decide situações, que têm opções para a vida com trajetórias históricas e que são transformadoras devemos nos assumir como sujeitos éticos. E esta mesma ética não pode seguir separada da prática educativa, não enfatizando em que nível trabalhamos, se com crianças, jovens ou adultos.Temos que trabalhar com a ética o tempo inteiro. Freire fala de ítens que considera fundamentais para a prática docente, nos instigando a criticar e acrescentar outros pontos importantes. Afirma que " não há docência sem discência" (p.23), penso que o professor-aluno não passam pela prática pedagógica um sem o outro. Até porque quando trocamos conhecimentos, mostramos como fazer, sempre estamos aprendendo e quano aprendemos ensinamos passando á diante. O professor não é superior, melhor ou mais inteligente, porque domina habilidades e que o aluno ainda que está em formação não domina, mas foi como o aluno desde o início de sua formação no processo da construção da aprendizagem. Segue sua análise colocando como profundamente indispensável o rigor metódico e intelectual que o educador deve avaliar em si próprio. Buscando os saberes e revendo de uma forma crítica, com questionamentos. Orientando a seguir essa linha metodológica de estudar e entender como as coisas funcionam no mundo. Relacionando com os conhecimentos obtidos com a própria realidade de vida, no seu meio social. Afirma que " não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino"(p.32). Essa compreensão de pesquisar, buscar e compreender de uma forma crítica só acontece se o professor souber pensar. Desconfiando de nossas próprias certezas, nos questionando o tempo inteiro. Se o professor assim o faz, terá facilidade em desencadear em seus alunos o mesmo hábito. Pensar correto está relacionado também com o poder de intervir no mundo como seres históricos que fazem parte deste mundo. Ensinar para Freire necessita aceitarmos os riscos diante do novo, do que pode nos agregar e nào aceitarmos as variadas discriminações que afastam as pessoas em cor da pele, classe social e etc... . Temos possibilidades de intervir na realidade atual com o propósito de transformá-la. Nos remete a idéia da (p.59) que " ensinar exige respeito á autonomia do ser do educando" e que podemos relacionar com a frase da capa que diz" ninguém é sujeito da autonomia de ninguém". Podemos pensar na importância de sermos curiosos e com vontade de aprender, de chegar a algum lugar. Freire diz que " é preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache repousado no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano"(p.96). Vemos a necessidade de proporcionarmos para nós e para os outros momentos de experências , de buscas, de situações novas que são enriquecedoras para o ser humano. O professor precisa estar disposto a compartilhar eperiências, a dialogar, a fazer de suas aulas momentos de liberdade para os alunos se expressarem, e ser aberto para a compreensão dos interesses de seus alunos. É essencial gostarmos do que fazemos e dos alunos. Nos dedicando, nos doando, trocando experiências e incentivando a aprendizagem, um sentimento de prazer em ver o aluno descobrindo o conhecimento.A prática pedagógica têm a capacidade de nos despertar, estimular e desenvolver o gosto do crescimento do aluno. Sem a qual a prática educativa perde o sentido. Nessa obra, portanto, expondo os saberes que considera necessários á prática educativa, Paulo Freire nos mostra ao mesmo tempo que estimula a refletirmos sobre os modos pedagógicos de trabalhar. Podendo modificar o que acharmos necessário, melhorando o nosso rendimento e tendo a opção de opnar sobre o que vemos necessário para a prática com os alunos.
Thame Alves de Sá.
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