sábado, 15 de setembro de 2012

Olá pessoal,estou postando o resumo do nosso trabalho de Teoria do Currículo.Estamos trabalhando o livro:Documentos de Identidade do autor Tomaz Tadeu.


Trabalho do Capítulo 2 do livro “Documento de identidade: uma introdução ás teorias do currículo”.

 Nascem os “estudos sobre currículo”: as teorias tradicionais.

A palavra currículo sempre existiu no vocabulário de professores;
- Bobbitt escreveu em 1918, o, livro, THE CURRICULUM, o livro foi escrito em um momento em que diferentes forças econômicas, políticas e culturais buscam responder questões sobre a educação e escolarização da população;
- Bobbitt era claramente conservador, embora buscasse transformar o sistema educacional;
- Bobbitt propunha que a escola funcionasse da mesma forma que uma empresa comercial ou industrial;           
                                                                                                                                                   
- O movimento de Bobbitt era voltado para a economia, à palavra chave era: EFICIÊNCIA;
- A tarefa do especialista em currículo consistia em descobrir habilidades e através das mesmas, que fossem desenvolvidas, e finalmente, planejar e elaborar instrumentos na qual se possa medir o que realmente foi aprendido, palavra chave: RETORNO.
O modelo de Bobbitt se consolida num livro de Tyler em 1949, com estudos sobre currículo estabelece-se a idéia de Organização e Desenvolvimento, sendo o currículo novamente tratado como uma questão técnica. Tyler em seu livro tem uma divisão tradicional da atividade educacional: currículo, ensino e avaliação. Defini o objetivo como ferramenta para eficácia do currículo, podemos dizer que é uma forte tendência tecnicista.
Podemos afirmar que tanto o modelo mais Tecnocrático de Bobbitt e Tyler, como o Progressista Dewey são uma “reação” ao currículo Clássico Humanista. Ambas as contestações, levaram a uma democratização da escolarização de massas que significou o fim do currículo Clássico Humanista.

            Onde a crítica começa: ideologia, reprodução, resistência

­- A década de 60 foi de grandes agitações e transformações. Os movimentos de independência das antigas colônias européias; os protestos estudantis na França e em vários outros países; a continuação do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos; os protestos contra a guerra do Vietnã; os movimentos de contracultura; o movimento feminista; a liberação sexual; as lutas contra a ditadura militar no Brasil. E foram nesta década que surgiram livros, ensaios, teorizações que colocavam em xeque o pensamento e a estrutura educacional tradicional.
­­­­­­ - As teorias tradicionais se concentravam, pois, nas formas de organização e elaboração do currículo. Os modelos tradicionais de currículo restringiam-se à atividade técnica de como fazer o currículo. As teorias criticas sobre o currículo, em contraste, começam por colocar em questão precisamente os pressupostos dos presentes arranjos sociais e educacionais. As teorias criticas desconfiam do status quo, responsabilizando–o pelas desigualdades e injustiças sociais. As teorias tradicionais eram teorias de aceitação, ajuste e adaptação. As teorias críticas são teorias de desconfiança, questionamento e transformação radical. Para as teorias críticas o importante não é desenvolver técnicas de como fazer o currículo, mas desenvolver conceitos que nos permitam compreender o que o currículo faz.
­ - O famoso ensaio do filósofo francês Louis Althusser, A ideologia e os aparelhos ideológicos de Estado, forneceram as bases para as críticas marxistas da educação que se seguiriam. Althusser nesse ensaio fez a importante conexão entre educação e ideologia que seria centrais às subsequentes teorizações critica da educação e do currículo baseadas na análise marxista da sociedade. O argumento de Althusser refere-se à permanência da sociedade capitalista que depende da reprodução de seus componentes propriamente econômicos (força de trabalho, meios de produção) e da reprodução de seus componentes ideológicos.
­­­ ­­-Na primeira parte do ensaio, Althusser dá implicitamente uma definição bastante simples de ideologia. A ideologia é constituída por aquelas crenças que nos levam a aceitar as estruturas sociais existentes como boas e desejáveis. Mas esta definição é modificada na segunda parte do ensaio, na qual o conceito de ideologia se torna bastante mais complexo. Althusser afirmou que a escola constitui-se num aparelho ideológico central porque atinge praticamente toda a população por um período prolongado de tempo.
    -­­ Em seu livro, A escola capitalista na América, Bowles e Gintis introduzem o conceito de correspondência para estabelecer a natureza da conexão entre escola e produção. Enfatizam a aprendizagem através da vivência das relações sociais da escola, das atitudes necessárias para se qualificar como um bom trabalhador capitalista.
     - A critica da escola capitalista, nesse estágio inicial não ficaria limitada, entretanto, à análise marxista. Os sociólogos franceses Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron iriam desenvolver uma critica da educação que, embora centrada no conceito de “reprodução”, afastava-se da análise marxista em vários aspectos. Para eles a dinâmica da reprodução social está centrada no processo de reprodução cultural. É através da reprodução da cultura dominante que a reprodução mais ampla da sociedade fica garantida.
      ­- Foi deduzido da análise de Bourdieu e Passeron uma pedagogia e um currículo que, em oposição ao currículo baseado na cultura dominante, se centrariam nas culturas dominadas. Eles propõem através do conceito de pedagogia racional, é que as crianças das classes dominadas tenham uma educação que lhes possibilite ter na escola a mesma imersão duradoura na cultura dominante que faz parte na família da experiência das crianças das classes dominantes. Fundamentalmente, sua proposta pedagógica consiste em advogar uma pedagogia e um currículo que reproduzam, na escola, para as crianças das classes dominadas, aquelas condições que apenas as crianças das classes dominantes têm na família.
A partir da I Conferência sobre o Currículo perceberam e compreenderam que o currículo não era uma atividade meramente técnica e administrativa não se enquadrava mais. Enfatizam o papel das estruturas econômicas e políticas na reprodução cultural e social através da educação e do currículo.
O movimento de reconceptualização pretendia incluir tanto as vertentes fenomenológicas quanto as vertentes marxistas.

 Grupo 1:Aline Barbosa,Jociellen Escobar,Vanessa Maidana e Verônica Daniel

Vanessa Maidana

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