segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Aula Inaugural
Será dia 31 de agosto de 2011 às 10 horas a Aula Inaugural do Curso de Pedagogia.
Palestrante: Esp. Sônia Veríssimo
Tema: Educação no Milênio.
Local: Auditório das Faculdades Integradas São Judas Tadeu.
domingo, 28 de agosto de 2011
Mais de 40% dos alunos concluem o 3º ano sem boa leitura
Mais de 40% dos alunos que concluíram o 3° ano do ensino fundamental não têm o aprendizado em leitura esperado para essa etapa. Isso significa que não dominam bem atividades como localizar informações em um texto ou o tema de uma narrativa. É o que aponta o resultado de uma avaliação aplicada no primeiro semestre deste ano a 6 mil alunos de escolas municipais, estaduais e privadas de todas as capitais do país. O objetivo era aferir o nível de aprendizado das crianças no início da vida escolar, após os três primeiros anos de estudo.
A Prova ABC é uma parceria do movimento Todos Pela Educação, do Instituto Paulo Montenegro/Ibope, da Fundação Cesgranrio e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A avaliação utilizou a mesma escala da desempenho adotada pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), exame aplicado pelo Ministério da Educação (MEC) aos alunos do 5° e 9° do ensino fundamental. Por esse modelo, o aluno tem o aprendizado considerado adequado quando atinge 175 pontos. O desempenho médio em leitura dos alunos participantes da Prova ABC foi 185,5 pontos – mas há grande variação nas notas de escolas públicas e privadas e entre estudantes do Norte e Nordeste em relação ao restante do país.
Enquanto os alunos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste tiveram desempenho acima da média nacional – chegando a 197 pontos no Sul – os do Norte e Nordeste atingiram, respectivamente, 172 e 167 pontos. Os resultados também variam entre as escolas públicas e particulares: a média dos estudantes da rede pública foi 175,8 pontos, contra 216,7 entre os da rede privada.
Os alunos que participaram da prova também fizeram uma redação para avaliar competências como coesão, coerência e adequação do texto ao tema proposto, além da observação das normas ortográficas e de pontuação. O desempenho esperado, em uma escala de 0 a 100, era pelo menos 75 pontos. Mas a média nacional foi 68,1, sendo a nota dos alunos das escolas públicas seis pontos inferior a essa média e a dos estudantes da rede privada, 18 pontos superior.
Também foi avaliado o conhecimento dos participantes em matemática, cuja média nacional foi 171,1 pontos - abaixo do nível determinado como aprendizado adequado. O aluno precisaria atingir 175 para ser considerado apto a resolver problemas envolvendo notas e moedas, além de dominar a adição e a subtração. Apenas 42% do total dos avaliados atingiram esse patamar.
As habilidades dos estudantes com os números também foi superior na rede privada, cuja média foi 211,2 pontos contra 158 na pública. Os alunos do Norte e Nordeste também tiveram resultados inferiores – 152,6 e 158, 2 pontos respectivamente – em relação aos participantes do Sul (185 pontos), Sudeste (179 pontos) e Centro-Oeste (176 pontos)
Fonte: http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=6&n=16513
Educação - 25-08-2011 - 17h29min
Por Ag. Brasil
Novas regras para uso de verbas federais da educação proíbe uso de cheques e restringe saques
Entram em vigor amanhã (27) as regras do decreto assinado em junho pela presidenta Dilma Rousseff que tornam mais duras as normas para o uso de verbas federais da educação e da saúde por estados e municípios. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) deve publicar na edição de hoje (26) do Diário Oficial da União resolução que regulamenta essas mudanças, entre elas a proibição do uso de cheques para pagar fornecedores. O objetivo é fazer com que as movimentações financeiras sejam feitas quase todas por meio eletrônico – o que permite maior controle dos gastos.
A resolução abrange os principais programas de transferência de recursos do governo federal para prefeituras e governos estaduais na educação, entre eles os que ajudam a financiar a merenda e o transporte escolar, além dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O dinheiro é depositado em uma conta específica, que agora deverá ser em bancos federais – a Caixa Econômica e o Banco do Brasil.
Para apenas dois programas deles será permitido sacar o dinheiro: o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Ainda assim, os saques são para ocasiões excepcionais e estão restritos ao total de R$ 8 mil ao ano.
“Esses saques vão propiciar essa transição de tirar a figura do cheque da movimentação porque não podemos também engessar o processo. Ainda temos alguns prestadores de serviço que não têm conta bancária. Por exemplo, um barqueiro que recebe dinheiro da prefeitura para transportar os alunos de um vilarejo a outro”, explica Gina Loubach, coordenadora de Execução e Operação Financeira do FNDE.
O Pnate transfere recursos a municípios e estados para apoiar o custeio do transporte escolar. Já o PDDE repassa quantias menores direto às escolas para pequenas compras de material ou gastos com reparos na estrutura física da unidade. Os saques feitos até o limite de R$ 8 mil ao ano deverão ser justificados na prestação de contas. Outra novidade da resolução é que o FDNE passará a publicar na internet os extratos bancários mensais dessas contas que são utilizadas para repasse de recursos da União. A previsão é que os dados estejam disponíveis a partir de outubro.
“Isso torna o processo mais transparente porque não vai depender da autorização da prefeitura essa divulgação. Será uma ferramenta de fiscalização que poderá ser utilizada por qualquer cidadão. No extrato ele poderá ver o que o estado ou município está gastando e com quem”, acrescenta Gina.
Fonte: http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=6&n=16562A resolução abrange os principais programas de transferência de recursos do governo federal para prefeituras e governos estaduais na educação, entre eles os que ajudam a financiar a merenda e o transporte escolar, além dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O dinheiro é depositado em uma conta específica, que agora deverá ser em bancos federais – a Caixa Econômica e o Banco do Brasil.
Para apenas dois programas deles será permitido sacar o dinheiro: o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Ainda assim, os saques são para ocasiões excepcionais e estão restritos ao total de R$ 8 mil ao ano.
“Esses saques vão propiciar essa transição de tirar a figura do cheque da movimentação porque não podemos também engessar o processo. Ainda temos alguns prestadores de serviço que não têm conta bancária. Por exemplo, um barqueiro que recebe dinheiro da prefeitura para transportar os alunos de um vilarejo a outro”, explica Gina Loubach, coordenadora de Execução e Operação Financeira do FNDE.
O Pnate transfere recursos a municípios e estados para apoiar o custeio do transporte escolar. Já o PDDE repassa quantias menores direto às escolas para pequenas compras de material ou gastos com reparos na estrutura física da unidade. Os saques feitos até o limite de R$ 8 mil ao ano deverão ser justificados na prestação de contas. Outra novidade da resolução é que o FDNE passará a publicar na internet os extratos bancários mensais dessas contas que são utilizadas para repasse de recursos da União. A previsão é que os dados estejam disponíveis a partir de outubro.
“Isso torna o processo mais transparente porque não vai depender da autorização da prefeitura essa divulgação. Será uma ferramenta de fiscalização que poderá ser utilizada por qualquer cidadão. No extrato ele poderá ver o que o estado ou município está gastando e com quem”, acrescenta Gina.
Por Ag. Brasil
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Metade dos alunos de 8 anos não sabe o mínimo
Metade das crianças brasileiras que concluíram o 3.º ano (antiga 2.ª série) do ensino fundamental em escolas públicas e privadas não aprendeu os conteúdos esperados para esse nível de ensino. Cerca de 44% dos alunos não têm os conhecimentos necessários em leitura; 46,6%, em escrita; e 57%, em matemática.
Isso significa que, aos 8 anos, elas não entendem para que serve a pontuação ou o humor expresso em um texto; não sabem ler horas e minutos em um relógio digital ou calcular operações envolvendo intervalos de tempo; não identificam um polígono nem reconhecem centímetros como medida de comprimento.
“Esse panorama mostra que a exclusão na educação, que deveria servir como um mecanismo compensatório das diferenças socioeconômicas, começa desde cedo”, afirma Priscila Cruz, diretora executiva do Todos Pela Educação. “A grande desigualdade que tende a se agravar no ensino médio já se faz presente nos primeiros anos do fundamental. Isso é visível nas diferenças entre as regiões do País.”
Os resultados descritos são da Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) e foram divulgados ontem. O exame, conforme o Estado adiantou em dezembro, é uma nova avaliação nacional, organizada pelo Todos Pela Educação, Instituto Paulo Montenegro/Ibope, Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). É a primeira vez que são divulgados dados do nível de alfabetização das crianças ao final do ciclo.
A prova foi aplicada no começo deste ano para 6 mil alunos de 250 escolas, apenas das capitais. Somente uma turma por unidade foi sorteada para participar e cada aluno resolveu 20 questões de múltipla escolha de leitura ou de matemática. Todos fizeram a redação, que teve como proposta escrever uma carta a um amigo contando sobre as férias.
Os resultados, divulgados por regiões, estão nas escalas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) para leitura e matemática. O nível de 175 pontos foi estipulado como a pontuação que representa que o aluno aprendeu os conteúdos exigidos para a série.
Disparidades
Os dados da Prova ABC mostram a distância entre o sistema público e o privado e, também, as diferenças bruscas existentes entre as regiões do País. Em algumas, menos de um terço dos estudantes aprendeu o mínimo. É o caso da Região Norte, onde apenas 21,9% dos alunos das escolas estaduais e municipais cumpriram a expectativa de aprendizado em matemática. No Nordeste, essa taxa é de 25,2% para a disciplina e de 21,3% em escrita na rede pública. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
Fonte: Por AE | Agência Estado
Isso significa que, aos 8 anos, elas não entendem para que serve a pontuação ou o humor expresso em um texto; não sabem ler horas e minutos em um relógio digital ou calcular operações envolvendo intervalos de tempo; não identificam um polígono nem reconhecem centímetros como medida de comprimento.
“Esse panorama mostra que a exclusão na educação, que deveria servir como um mecanismo compensatório das diferenças socioeconômicas, começa desde cedo”, afirma Priscila Cruz, diretora executiva do Todos Pela Educação. “A grande desigualdade que tende a se agravar no ensino médio já se faz presente nos primeiros anos do fundamental. Isso é visível nas diferenças entre as regiões do País.”
Os resultados descritos são da Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) e foram divulgados ontem. O exame, conforme o Estado adiantou em dezembro, é uma nova avaliação nacional, organizada pelo Todos Pela Educação, Instituto Paulo Montenegro/Ibope, Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). É a primeira vez que são divulgados dados do nível de alfabetização das crianças ao final do ciclo.
A prova foi aplicada no começo deste ano para 6 mil alunos de 250 escolas, apenas das capitais. Somente uma turma por unidade foi sorteada para participar e cada aluno resolveu 20 questões de múltipla escolha de leitura ou de matemática. Todos fizeram a redação, que teve como proposta escrever uma carta a um amigo contando sobre as férias.
Os resultados, divulgados por regiões, estão nas escalas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) para leitura e matemática. O nível de 175 pontos foi estipulado como a pontuação que representa que o aluno aprendeu os conteúdos exigidos para a série.
Disparidades
Os dados da Prova ABC mostram a distância entre o sistema público e o privado e, também, as diferenças bruscas existentes entre as regiões do País. Em algumas, menos de um terço dos estudantes aprendeu o mínimo. É o caso da Região Norte, onde apenas 21,9% dos alunos das escolas estaduais e municipais cumpriram a expectativa de aprendizado em matemática. No Nordeste, essa taxa é de 25,2% para a disciplina e de 21,3% em escrita na rede pública. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
Fonte: Por AE | Agência Estado
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Vai acontecer...Curso Método das Boquinhas
Multiplicadora/Ministrante: Patrícia Hoffmeister - Fonoaudióloga e Psicopedagoga
Motivos
• É comum em nossa atividade profissional nos depararmos com uma criança que não aprende.
• Inúmeros são os esforços e igualmente os fracassos.
• Falta técnica, formação, habilidades.
• Nossa proposta de trabalho está centrada em 30 anos de experiência clínica e escolar, tratando de "casos perdidos", quer pelos
educadores, pais e pelas próprias crianças.
• Pode e deve ser usada por quaisquer educadores, em sala de aula ou clínicas , com uma ou várias crianças em conjunto, que
apresentem ou não, problemas com a leitura e escrita.
Objetivos
• Avaliar leitura e escrita;
• Reconhecer e diferenciar os diversos distúrbios e dificuldades de leitura e escrita.
• Detectar precocemente uma criança com distúrbios de leitura e escrita.
• Habilitar o educador através da técnica do Método das Boquinhas .
• Capacitar o educador com estratégias práticas reabilitadoras, para os distúrbios de leitura e escrita.
Conteúdo Programático
• Aquisição da linguagem oral e escrita;
• Desenvolvimento normal e alterações;
• Consciência fonológica;
• Diferenciação entre dificuldades e distúrbios de leitura e escrita;
• Principais distúrbios de leitura e escrita;
• Dislexia: definição e características;
• Check List para disléxicos adultos;
• Avaliação dos distúrbios da leitura e escrita;
• Interpretação qualitativa da avaliação;
• Sistema fonológico. Exercícios;
• Sistema articulatório. Exercícios;
• Método das Boquinhas;
• Aprendizagem através do erro/acerto;
• Exercícios para troca de letras;
• Apresentação e discussão de casos clínicos;
• Troca de experiências com casos dos participantes.
Público Alvo: Professores, Fonoaudiólogos, Pedagogos, Psicólogos, Educadores em Geral.
Duração do 16 horas
Data: 07 e 08 de Outubro de 2011 ( Sexta-Feira e Sábado )
Local: Teatro do CIEE - Dom Pedro ll, 861 - Porto Alegre - RS
Horário: Sexta-feira Início: 13:30 as as 21:30hs - com intervalo para Coffee
Sábado Início: 8:30 as as 17:30hs - com intervalo para Coffee
Investimento:
Investimento:
R$ 190,00 ou 2X de R$ 95,00 (com cheque ou Depósito Bancário) até dia 31 de Agosto
R$ 220,00 ou 2x de R$ 110,00 (com cheque ou Depósito Bancário) até dia 17 de Setembro
Não faremos inscrição no local
Termo de Compromisso:
Não será aceito o cancelamento da inscrição solicitado após o sétimo dia da sua realização.
Apenas poderá ser feita a substituição de nomes, via carta assinada pelo inscrito
( De acordo com o Código de Defesa do Consumidor-Art. 49)
Inscrições e Informações: BIE LIVROS: Rua Giordano Bruno, 378 - Rio Branco - Porto alegre
Fone/Fax (51) 3331.5090 - 3019.4639 - E-mail: biecursos@terra.com.br
Depósito Bancário:
Banco Itaú- Agência 0602 - Conta Nº 37425-8
Fone/Fax (51) 3331.5090 - 3019.4639 - E-mail: biecursos@terra.com.br
Depósito Bancário:
Banco Itaú- Agência 0602 - Conta Nº 37425-8
Nome: Gilberto Dufour (Comprovante de depósito por e-mail ou Fax, com ficha de inscrição).
Realização: Bie Cursos
Realização: Bie Cursos
Ficha de Inscrição
Nome:
Profissão
Cidade:
E-mail:
Telefone
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
.Crianças contemporâneas brincam mais nos seus quartos. O que isto pode representar?
Investigado na Universidade do Minho, Alberto Nídio Silva, defende que as crianças brincam cada vez mais nos quartos, como se regressassem ao tempo das “cavernas”. Em consequência deste comportamento, o investigador acredita que as crianças desenvolvam menos a socialização, a solidariedade e a necessidade de compreender a diferença.
“Há uma espécie de regresso às cavernas, as crianças fecham-se num refúgio de luxo conectado com o mundo – o virtual em vez do real, o site em vez do sítio. É certo que elas continuam num mundo lúdico de encanto, mas fazem-no sem irmãos, nem vizinhos, nem amigos informais”, explica o investigador doutorado em sociologia infantil, Alberto Nídio Silva.
O investigador diz que as brincadeiras individualizaram, devido às mudanças que a sociedade tem vindo a sofrer ao longo dos tempos.
Na tese “Jogos, Brinquedos e Brincadeiras – Trajectos Inter-geracionais”, desenvolvida por Alberto Nídio para a conclusão do doutoramento, explica que as crianças passaram a brincar com as tecnologias, com os brinquedos industriais e a estar na escola a tempo inteiro, deixando para trás as tradicionais correrias nos montes, as brincadeiras na rua com os vizinhos e as suas aventuras.
As actividades curriculares, o “engavetar” das crianças nas mais diversas instituições para coincidir com o trabalho dos pais, são algumas das actividades que o investigador reprova, justificando que a “vida das crianças infernizou-se e que está seriamente amputada do quotidiano com a dimensão plena da brincadeira”.
Alberto Nídio Silva acredita que “a sociedade deve rapidamente reconquistar o espaço público perdido”, mas também que as escolas devem “criar espaço-tempo” com actividades “exclusivamente lúdicas”. De modo a “trazer ao interior da família a obrigação de abrir as portas para que, lá fora, as crianças se possam encontrar e brincar, tal como antes se reuniam no largo, adro ou campo com os vizinhos e colegas da escola, catequese ou escutismo”.
“Para equilibrar uma balança que parece pender para a perda do sentido de autonomia do movimento, da criatividade e do próprio corpo da criança e para a subordinação a formas estandardizadas e mercantis do brincar”, o investigador acredita ser necessária uma conjugação entre as velhas tendências e os novos padrões.
Alberto Nídio Silva fez mestrado e doutoramento em sociologia infantil na Universidade do Minho, mas também é já autor da obra “Estudo de caracterização dos recreios escolares com vista à sua requalificação”.
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“Há uma espécie de regresso às cavernas, as crianças fecham-se num refúgio de luxo conectado com o mundo – o virtual em vez do real, o site em vez do sítio. É certo que elas continuam num mundo lúdico de encanto, mas fazem-no sem irmãos, nem vizinhos, nem amigos informais”, explica o investigador doutorado em sociologia infantil, Alberto Nídio Silva.
O investigador diz que as brincadeiras individualizaram, devido às mudanças que a sociedade tem vindo a sofrer ao longo dos tempos.
Na tese “Jogos, Brinquedos e Brincadeiras – Trajectos Inter-geracionais”, desenvolvida por Alberto Nídio para a conclusão do doutoramento, explica que as crianças passaram a brincar com as tecnologias, com os brinquedos industriais e a estar na escola a tempo inteiro, deixando para trás as tradicionais correrias nos montes, as brincadeiras na rua com os vizinhos e as suas aventuras.
As actividades curriculares, o “engavetar” das crianças nas mais diversas instituições para coincidir com o trabalho dos pais, são algumas das actividades que o investigador reprova, justificando que a “vida das crianças infernizou-se e que está seriamente amputada do quotidiano com a dimensão plena da brincadeira”.
Alberto Nídio Silva acredita que “a sociedade deve rapidamente reconquistar o espaço público perdido”, mas também que as escolas devem “criar espaço-tempo” com actividades “exclusivamente lúdicas”. De modo a “trazer ao interior da família a obrigação de abrir as portas para que, lá fora, as crianças se possam encontrar e brincar, tal como antes se reuniam no largo, adro ou campo com os vizinhos e colegas da escola, catequese ou escutismo”.
“Para equilibrar uma balança que parece pender para a perda do sentido de autonomia do movimento, da criatividade e do próprio corpo da criança e para a subordinação a formas estandardizadas e mercantis do brincar”, o investigador acredita ser necessária uma conjugação entre as velhas tendências e os novos padrões.
Alberto Nídio Silva fez mestrado e doutoramento em sociologia infantil na Universidade do Minho, mas também é já autor da obra “Estudo de caracterização dos recreios escolares com vista à sua requalificação”.
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> IG Educação, 23/08/2011
Para especialistas, Ideb na porta da escola é inconstitucional
Professora e representantes do Direito da Criança e do Adolescente dizem que medida expõe a constrangimento e vexame
Cinthia Rodrigues, iG São Paulo
O projeto que obriga as escolas a colocar na porta da unidade a nota que obtiveram no Índice da Educação Básica (Ideb) expõe os alunos a constrangimento e vexame vetados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pela Constituição Federal. A conclusão é de especialistas na área ouvidos pelo iG. A proposta em estudo pelo Congresso Nacional já está valendo por decreto na cidade do Rio de Janeiro desde o início do mês e no Estado de Goiás há uma semana. A ideia, do economista Gustavo Ioschpe, é que a exposição do índice mobilize a comunidade em volta das instituições com nota baixa para que pressionem professores e governantes. Para isso, o Ideb – que é o resultado da nota obtida pelos alunos na Prova Brasil multiplicado pelo porcentual de estudantes aprovados – deve ser colocado em uma placa que iria do vermelho para o azul, deixando o mais claro possível se a escola foi bem ou mal na avaliação. Quando o Rio de Janeiro adotou a medida, estudantes ouvidos pela reportagem disseram concordar desde que a escola tivesse a nota boa e que sentiriam vergonha se estudassem em uma instituição mal avaliada.
Para a titular da cadeira de Direito da Criança e do Adolescente na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, Glória Regina Lima, “não resta dúvida da inconstitucionalidade” da medida. “A Carta cidadã em seu artigo 227 estabelece, dentre outros, o dever do Estado de assegurar a educação à criança e ao adolescente e ainda determina salvaguardá-los de toda forma de discriminação”, explica ela. O Estatuto da Criança e do Adolescente, criado em 1990 e amplamente elogiado pela Unesco é mais específico. O artigo 18 impõe como “dever de todos” impedir qualquer tratamento “vexatório ou constrangedor”. “O famigerado decreto municipal está na contramão dos imperativos legais que priorizam com a mais absoluta clareza a preponderância dos interesses dos menores sobre qualquer outro”, conclui a professora. Para Glória, não é problema o uso da nota internamente entre professores, alunos e comunidade, mas a exposição para pessoas não envolvidas diretamente e a atribuição dela às crianças que, ao entrar e sair do local, estarão sendo expostas. “A ideia promove a discriminação pelo contágio moral, que alcança induvidosamente a criança e o adolescente e os profissionais que integram a escola, ferindo de morte um dos direitos fundamentais o da dignidade de pessoa humana”, acrescenta, referindo-se ao artigo 5º da Carta Magna.
O vice-presidente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da OAB, Ariel de Castro Alves, acha que o próprio objetivo da lei desrespeita o ECA. “A intenção de mobilizar pelo constrangimento já está errada, o objetivo parece ser a exposição que fatalmente vai levar ao vexame e ao preconceito”, diz. Na opinião dele, as normas em vigor no Rio e em Goiás não têm validade por contrariar legislações maiores como o ECA e a própria constituição. “Na Câmara dos Deputados e no Senado a proposta deve ser avaliada por uma comissão de justiça que deve perceber a contradição”, analisa. O especialista em Direitos Humanos pela Universidade Complutense de Madrid e membro da Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente, Carlos Nicodemos, acha que trata-se de “obrigar a sociedade a executar um processo discriminatório”. Para ele, o Ideb está disponível para interessados e não é necessário expor em local de passagem dos alunos. “Além de ferir o ECA, o Estado está delegando a comunidade um papel que é dele, de dar educação de qualidade para as crianças." Ele também critica a falta de alternativa aos estudantes. "Se eles se sentirem constrangidos, deveriam poder escolher onde estudar. Infelizmente não é esta a realidade ofertada."
Resposta dos governos - Questionadas, as secretaria de Educação do município do Rio de Janeiro e do Estado de Goiás não responderam sobre a questão jurídica, mas defenderam a posição. A pasta do Rio enviou a seguinte nota: "A decisão de divulgar o Ideb e o IDE-Rio e as metas de melhoria do ensino a serem alcançadas pelas escolas, de acordo com orientação do Ministério de Educação, tem como objetivo informar a sociedade como está o desempenho educacional de cada escola e, assim, engajar a comunidade escolar no processo de melhoria da qualidade do ensino. A Secretaria informa, ainda, que a ideia foi inspirada, também, pela iniciativa da direção do Ciep Lindolfo Collor, em Rio das Pedras, Jacarepaguá, de afixar nas paredes da unidade as metas a serem alcançadas em 2010, conseguindo, assim, envolver toda a escola na melhoria do ensino. Como resultado, ressalta a SME, a escola conseguiu atingir a meta, garantindo aos professores e funcionários o Prêmio Anual de Desempenho."
A Secretaria Estadual de Educação de Goiás informou que trata-se de uma medida que visa "despertar na sociedade, sobretudo nos pais e responsáveis pelos estudantes, o interesse pela educação pública e mostrar a necessidade de que todos, de uma forma ou de outra, se engajem para que educação de qualidade seja acessível a todos". A nota segue: "A Secretaria da Educação avalia que a nota do Ideb afixada na escola vai dar às famílias o direito de conhecer a qualidade do ensino que seu filho está recebendo. Também despertará nelas o interesse sobre o que representa aquela nota e o que fazer para que ela aumente. E então já teremos aí um dos fatores apontados por estudos nacionais e internacionais como um dos mais importantes no desenvolvimento escolar do estudante: o envolvimento de sua família, o acompanhamento de seus pais, o estímulo e a atenção daqueles que são os precursores daquilo que a escola deve oferecer mais adiante, uma boa formação. A Secretaria da Educação naturalmente não deixaria de lado a mobilização social como uma das ferramentas para apoiar o trabalho de elevar a qualidade da Educação no Estado. Com o acompanhamento de todos, inclusive dos professores, que certamente lutarão para que seu trabalho na escola atinja os melhores resultados, e com as ações que desde o começo deste ano estão sendo implementadas por este governo, muito em breve as placas com a nota do Ideb serão motivo de orgulho para todas as escolas estaduais e para toda a comunidade escolar."
Participe colocando sua opinião sobre o tema.
Professora e representantes do Direito da Criança e do Adolescente dizem que medida expõe a constrangimento e vexame
Cinthia Rodrigues, iG São Paulo
O projeto que obriga as escolas a colocar na porta da unidade a nota que obtiveram no Índice da Educação Básica (Ideb) expõe os alunos a constrangimento e vexame vetados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pela Constituição Federal. A conclusão é de especialistas na área ouvidos pelo iG. A proposta em estudo pelo Congresso Nacional já está valendo por decreto na cidade do Rio de Janeiro desde o início do mês e no Estado de Goiás há uma semana. A ideia, do economista Gustavo Ioschpe, é que a exposição do índice mobilize a comunidade em volta das instituições com nota baixa para que pressionem professores e governantes. Para isso, o Ideb – que é o resultado da nota obtida pelos alunos na Prova Brasil multiplicado pelo porcentual de estudantes aprovados – deve ser colocado em uma placa que iria do vermelho para o azul, deixando o mais claro possível se a escola foi bem ou mal na avaliação. Quando o Rio de Janeiro adotou a medida, estudantes ouvidos pela reportagem disseram concordar desde que a escola tivesse a nota boa e que sentiriam vergonha se estudassem em uma instituição mal avaliada.
Para a titular da cadeira de Direito da Criança e do Adolescente na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, Glória Regina Lima, “não resta dúvida da inconstitucionalidade” da medida. “A Carta cidadã em seu artigo 227 estabelece, dentre outros, o dever do Estado de assegurar a educação à criança e ao adolescente e ainda determina salvaguardá-los de toda forma de discriminação”, explica ela. O Estatuto da Criança e do Adolescente, criado em 1990 e amplamente elogiado pela Unesco é mais específico. O artigo 18 impõe como “dever de todos” impedir qualquer tratamento “vexatório ou constrangedor”. “O famigerado decreto municipal está na contramão dos imperativos legais que priorizam com a mais absoluta clareza a preponderância dos interesses dos menores sobre qualquer outro”, conclui a professora. Para Glória, não é problema o uso da nota internamente entre professores, alunos e comunidade, mas a exposição para pessoas não envolvidas diretamente e a atribuição dela às crianças que, ao entrar e sair do local, estarão sendo expostas. “A ideia promove a discriminação pelo contágio moral, que alcança induvidosamente a criança e o adolescente e os profissionais que integram a escola, ferindo de morte um dos direitos fundamentais o da dignidade de pessoa humana”, acrescenta, referindo-se ao artigo 5º da Carta Magna.
O vice-presidente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da OAB, Ariel de Castro Alves, acha que o próprio objetivo da lei desrespeita o ECA. “A intenção de mobilizar pelo constrangimento já está errada, o objetivo parece ser a exposição que fatalmente vai levar ao vexame e ao preconceito”, diz. Na opinião dele, as normas em vigor no Rio e em Goiás não têm validade por contrariar legislações maiores como o ECA e a própria constituição. “Na Câmara dos Deputados e no Senado a proposta deve ser avaliada por uma comissão de justiça que deve perceber a contradição”, analisa. O especialista em Direitos Humanos pela Universidade Complutense de Madrid e membro da Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente, Carlos Nicodemos, acha que trata-se de “obrigar a sociedade a executar um processo discriminatório”. Para ele, o Ideb está disponível para interessados e não é necessário expor em local de passagem dos alunos. “Além de ferir o ECA, o Estado está delegando a comunidade um papel que é dele, de dar educação de qualidade para as crianças." Ele também critica a falta de alternativa aos estudantes. "Se eles se sentirem constrangidos, deveriam poder escolher onde estudar. Infelizmente não é esta a realidade ofertada."
Resposta dos governos - Questionadas, as secretaria de Educação do município do Rio de Janeiro e do Estado de Goiás não responderam sobre a questão jurídica, mas defenderam a posição. A pasta do Rio enviou a seguinte nota: "A decisão de divulgar o Ideb e o IDE-Rio e as metas de melhoria do ensino a serem alcançadas pelas escolas, de acordo com orientação do Ministério de Educação, tem como objetivo informar a sociedade como está o desempenho educacional de cada escola e, assim, engajar a comunidade escolar no processo de melhoria da qualidade do ensino. A Secretaria informa, ainda, que a ideia foi inspirada, também, pela iniciativa da direção do Ciep Lindolfo Collor, em Rio das Pedras, Jacarepaguá, de afixar nas paredes da unidade as metas a serem alcançadas em 2010, conseguindo, assim, envolver toda a escola na melhoria do ensino. Como resultado, ressalta a SME, a escola conseguiu atingir a meta, garantindo aos professores e funcionários o Prêmio Anual de Desempenho."
A Secretaria Estadual de Educação de Goiás informou que trata-se de uma medida que visa "despertar na sociedade, sobretudo nos pais e responsáveis pelos estudantes, o interesse pela educação pública e mostrar a necessidade de que todos, de uma forma ou de outra, se engajem para que educação de qualidade seja acessível a todos". A nota segue: "A Secretaria da Educação avalia que a nota do Ideb afixada na escola vai dar às famílias o direito de conhecer a qualidade do ensino que seu filho está recebendo. Também despertará nelas o interesse sobre o que representa aquela nota e o que fazer para que ela aumente. E então já teremos aí um dos fatores apontados por estudos nacionais e internacionais como um dos mais importantes no desenvolvimento escolar do estudante: o envolvimento de sua família, o acompanhamento de seus pais, o estímulo e a atenção daqueles que são os precursores daquilo que a escola deve oferecer mais adiante, uma boa formação. A Secretaria da Educação naturalmente não deixaria de lado a mobilização social como uma das ferramentas para apoiar o trabalho de elevar a qualidade da Educação no Estado. Com o acompanhamento de todos, inclusive dos professores, que certamente lutarão para que seu trabalho na escola atinja os melhores resultados, e com as ações que desde o começo deste ano estão sendo implementadas por este governo, muito em breve as placas com a nota do Ideb serão motivo de orgulho para todas as escolas estaduais e para toda a comunidade escolar."
Participe colocando sua opinião sobre o tema.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Crianças sempre surpreendem com verdades que são ditas espontaneamente e 'pegam de jeito' os adultos".
Este é o tema da nova campanha. Seu principal objetivo é arrecadar fundos para o Programa Nossas Crianças.
Fundação Abrinq
Filme 30"
Visitem o site: http://www.fundabrinq.org.br/dotnetnuke/campanhas/nossas-campanhas.aspx
Fundação Abrinq
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Visitem o site: http://www.fundabrinq.org.br/dotnetnuke/campanhas/nossas-campanhas.aspx
Adote essa idéia...
Participem 16ª Corrida pela Vida....Pequenos gestos, muitas atitudes....
Corrida pela Vida |
Agende-se desde já, neste ano o evento acontece no dia 30/10/2011, no Parcão. A Corrida pela Vida é uma marca registrada do ICI-RS e faz parte do calendário de eventos de Porto Alegre. É o maior evento realizado pela Instituição e a cada nova edição novos adeptos. Esse evento traduz o engajamento de todos em prol das crianças, demonstrando solidariedade através do voluntariado que é fundamental para o município. Como participar? Para participar basta fazer a inscrição e vestir a camiseta. Ela será utilizada no dia da Corrida. Para informações de pontos de venda entre em contato com o Setor de Projetos e Eventos. Onde acontece? A Corrida pela Vida é realizada nas cidades de Porto Alegre, Gramado, Dois Irmãos, Triunfo. Já aconteceram edições também nas cidades de: Capão da Canoa, Caxias do Sul, Sapiranga, Erechim e Novo Hamburgo. Mais informações entrar em contato com o setor de eventos - eventos@ici-rs.org.br |
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