segunda-feira, 29 de novembro de 2010

História da Educação II

Pedagogia da Autonomia

O livro de Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia faz com que os docentes reflitam no modo em que atuam dentro das escolas.
Para o pedagogo o aluno é um ser social e histórico, Freire diz que o aluno faz parte da história do lugar onde está inserido na sociedade, ou seja, “a história é tempo de possibilidades e não de determinismo” (p. 21), com isso pude entender que o aluno é a história do futuro escolar.
O livro refere-se ao modo em que devemos tratar o aluno dentro da escola. O aluno quando entra na escola necessita de respeito ao conhecimento que esta levando para dentro do ambiente escolar, pois “formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas” (p. 15).
Freire diz que temos que ser ético. Para ele o docente tem que assumir uma postura que ele denomina “ética universal do ser humano” (p. 16), está ética é essencial para o trabalho docente.
Em sua análise faz com que seus leitores fiquem intrigados, e tenham vontade de fazer críticas com está leitura. Ele inicia assim “não há docência sem discência” (p. 23), pois “quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado” (p.25). Com isso deixa claro que o ensino não é exclusivamente do professor e a aprendizagem não é apenas do aluno. . “Não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender” (p. 25).
Com isso justifica o pensamento de que o professor não é superior ao aluno, mas sim participa do processo de construção de conhecimentos do aluno.
Freire segue sua análise colocando que o educador deve seguir a linha de pesquisador, ou seja, ser um sujeito curioso, que busca saber e assimila de uma forma crítica, com questionamentos, e orienta seus educandos a seguirem esta linha de conhecimento. Afirma que “não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino” (p. 32). O professor só saberá pesquisar,  buscar compreender e criticar se souber pensar.
Para Freire este saber pensar é duvidar de suas próprias certezas, questionar suas verdades. O professor que pensa certo mostra ou faz transparecer para seus alunos este modo de saber, faz com que seus alunos conheçam este modo de desenvolver seus conhecimentos e a vontade de aprender. (...) Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos: o em que se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente (p.31).
Para o pedagogo ensinar exige que não haja nenhum tipo de descriminação de raça, classes... Acima de tudo, ensinar exige respeito á autonomia do ser do educando. O importante é que o professor e aluno sejam ou melhor tenham curiosidade em pesquisar, fazer seminários para desenvolver seus conhecimentos .“É preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache repousado no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano” (p. 96). O professor tem que estar preparado para fazer experiências e buscas com seus alunos para que eles possam obter conhecimentos. Para estar vinculado neste meio de conhecimentos, o profissional deve gostar de seu trabalho e de seu educando.
O livro de Paulo Freire é de uma leitura bastante complexa, mas com grande conteúdo e faz com que nós que estamos na área da educação refletir sobre nossa maneira de agir com nossos alunos, mostra que devemos passar para os alunos os conhecimentos que nós temos e com isso fazer com que eles consigam construir seu próprio conhecimento.

Aluna: Patricia Lucas de Vargas

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